ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA

CARACAS.— Milhares de pessoas juntaram-se ao processo de coleta de assinaturas para exigir a revogação do decreto assinado pelo presidente Barack Obama, em 9 de março passado, que declarou a Venezuela como uma "ameaça" para os interesses da nação do Norte.

Milhares de venezuelanos vieram à Praça Bolívar, em Caracas para tornar patente sua consciência de luta por um país que não é uma ameaça para ninguém, mas uma esperança para muitos. Photo: AVN

As pessoas se reuniram na Praça Bolívar, em Caracas, para deixarem patente sua decisão de lutar por um país que não é uma ameaça para ninguém, mas uma esperança para muitos.

O objetivo da campanha Obama revoga o decreto já! (Obama, repeal the executive order) é conseguir reunir dez milhões de assinaturas e entregá-las a Obama na próxima Cúpula das Américas, no Panamá.

O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, disse na quinta-feira que em seu país não existe déficit da democracia, e exigiu o respeito dos EUA pela soberania e do direito à paz de sua nação.

Ainda, qualificou de lamentável a posição genuflexa tomada por figuras políticas de extrema direita, as quais, segundo ele, têm maior engajamento com os Estados Unidos do que com o povo venezuelano.

Maduro reconheceu a posição assumida, como uma exceção, pelos deputados da oposição Carlos Vargas e Ricardo Sanchez, os quais aderiram à campanha de recolha de assinaturas, para revogar o decreto de 9 de Março.

A estratégia de recolha de assinaturas é realizada através de comandos nacionais e em quatro níveis: o primeiro será nas Unidades de Batalha Bolívar-Chavez (UBCh), os Círculos de Luta Popular (CLP) e no Grande Pólo Patriótico.

O segundo incluirá os locais de trabalho, fábricas, empresas, locais públicos e privados. O terceiro será o estabelecimento de uma rede de "cantos quentes" em todas as praças Bolívar do país.

O último será o da "iniciativa pessoal, individual e familiar", e para isso será implementado um sistema na Internet e na telefonia pública.

Para isso, foram habilitados 14 mil pontos em todas as praças Bolívar do país. Os cidadãos de outros países podem aderir à iniciativa, contatando as embaixadas da Venezuela onde residam.

A esta campanha irá juntar-se um tuitazo mundial, na sexta-feira, 20. Para tal, foram ativadas as contas nas redes sociais; no Twitter: @ObamaDerogaYa e no Facebook uma página com o mesmo nome.