ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Cuba rejeita retórica agressiva, ações hostil e ameaças militares como instrumentos de política externa Photo: TELESUR
«Preservar a paz na América Latina e no Caribe continuará sendo nossa prioridade, diante da investida imperialista contra a República Bolivariana da Venezuela sob falsos pretextos. A soberania dos povos da Nossa América está em perigo. É hora de uma marcha unida», disse Miguel Díaz-Canel Bermúdez, primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República.
 
Com essa certeza, e como demonstração de unidade e apoio ao povo e ao governo bolivariano, foi criado ontem, 21 de setembro, por proposta de Cuba, o Comitê Internacional de Solidariedade com os Pescadores Venezuelanos, após o recente ataque ao barco de pesca de atum Carmen Rosa pelas forças militares dos EUA destacadas no Caribe Meridional.
 
A comissão foi criada no ministério da Indústria Alimentar, em Havana, no âmbito do fórum virtual «Vozes do Mar», do qual participaram 27 países de todo o mundo, «conscientes de que os mares são uma fonte vital de alimento, cultura e sustento para a humanidade, e que seu cuidado e gestão responsável são patrimônio comum de todos os povos».
 
Ao propor a iniciativa, Jorge Luis Fajardo Casas, secretário nacional do sindicato da Indústria Alimentar e Pesqueira da Ilha, denunciou «os repetidos ataques ilegais e hostis de fuzileiros navais dos EUA contra embarcações pesqueiras daquela nação soberana», o que, segundo ele, faz parte da estratégia para alcançar a mudança de regime na Venezuela, sob o pretexto da luta contra as drogas. Também participou da reunião o ministro da Indústria Alimentar de Cuba, Alberto López Díaz.
 
MNOAL CONTRA A POLÍTICA EXTERNA DE MILITARIZAÇÃO
 
Também em firme apoio à preservação da região da América Latina e do Caribe como uma Zona de Paz e Livre de Armas Nucleares, o Bureau de Coordenação do Movimento dos Países Não Alinhados (Mnoal), que reúne 120 nações soberanas do mundo, emitiu uma declaração oficial expressando sua determinação em defender os princípios de soberania, igualdade, integridade territorial, não-interferência, solução pacífica de controvérsias e abstenção da ameaça ou uso da força contra a independência política de qualquer Estado.
 
O documento também rejeita retórica agressiva, ações hostis e ameaças militares como instrumentos de política externa contra esta região, que está comprometida com a diplomacia, a paz e seu status de desnuclearização.