ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
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As ilusões da Casa Branca sobre o petróleo venezuelano e outros recursos já não parecem estar suficientemente disfarçadas. A suposta guerra contra as drogas é uma máscara que há muito desmoronou. Contudo, a performance dessa agressão já dura 25 semanas, e suas intenções hegemônicas estão sendo reveladas uma após a outra.

Não contente em ter roubado recentemente um ativo importantíssimo do patrimônio energético da nação sul-americana, como a Citgo – utilizando mecanismos judiciais fraudulentos para esse fim – nem em ter apreendido um petroleiro venezuelano no Mar do Caribe na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em 16 de dezembro na Truth Social que estava ordenando «o bloqueio total e completo de todos os navios petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela».

Essa nação «está completamente cercada pela maior marinha já reunida na história da América do Sul», disse o líder do país do Norte, e continuou a chantagem: «Ela só vai crescer, e o impacto para eles será algo nunca visto antes, até que devolvam aos EUA todo o petróleo, terras e outros bens que nos roubaram anteriormente».

O Governo Bolivariano enfatizou em comunicado que se trata de uma «ameaça grotesca, temerária e grave» contra a integridade e os direitos soberanos da República, que viola o Direito Internacional, o livre comércio e a livre navegação.

O documento afirma que o republicano presume que o petróleo, a terra e a riqueza mineral da pátria bolivariana «são sua propriedade», enfatizando, como uma verdadeira aspiração de Washington, a usurpação desses recursos por meio de «campanhas gigantescas de mentiras e manipulações».

O presidente também atacou os migrantes — outra de suas obsessões atuais — afirmando que «os estrangeiros e criminosos que o regime de Maduro enviou aos EUA durante o fraco e inepto governo Biden estão sendo devolvidos em ritmo acelerado». Este é um sinal inequívoco de que a guerra psicológica imperialista visa subjugar o povo venezuelano, o verdadeiro poder por trás do trono.  

Por outro lado, lembremos que a cabeça do presidente venezuelano Nicolás Maduro está avaliada em 50 milhões de dólares atualmente, por ter sido acusado de liderar o inexistente Cartel dos Sóis.

Assim, a crescente pressão para desestabilizar a nação inclui, além de difamação e agressão militar, a pirataria marítima — visto que a pirataria aérea já foi utilizada anteriormente. A chefe de gabinete de Trump, Susie Wiles, deixou isso claro em uma entrevista à Vanity Fair: «Ele quer continuar explodindo navios até que Maduro se renda».

Essas ações fazem parte da estratégia de mudança de regime necessária não apenas para subjugar a Venezuela, mas também as nações da região que se opõem ao seu intervencionismo ilegal e defendem a soberania e a autodeterminação como seus lemas.