«Cuba tem experiência no manejo da dengue e o sistema de saúde está preparado para assimilar o número de casos; entretanto, o que não façamos agora pode complicar o cenário epidemiológico nos próximos meses, que são os mais complexos desta doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti», disse à imprensa o dr. José Angel Portal Miranda, ministro da Saúde Pública.
Destacou que, no final de junho, as províncias com transmissão comprovada eram Havana, Sancti Spiritus, Camaguey, Las Tunas, Holguín, Santiago de Cuba e Guantánamo.
«Em 10 de junho», disse, «havia um total de 3.036 casos de dengue no país, com circulação dos serótipos 1, 2 e 3 do vírus, com uma taxa de incidência de casos suspeitos que cresceu 42,0% em relação ao ano anterior, enquanto 12 províncias aumentaram este indicador».
Pediu que a população tomasse medidas extremas para controlar o vetor perigoso, particularmente a destruição dos locais de reprodução de mosquitos, nos quais o trabalho da família e da vizinhança é vital.
Portal Miranda destacou a importância de conhecer os sintomas e os sinais de alerta e ir imediatamente aos serviços de saúde. «Esta é uma arbovirose que também pode matar, em um contexto no qual a Covid-19 ainda não terminou, portanto a percepção de risco na população ainda é essencial».
Sobre a SARS-COV-2, comentou que, de acordo com a vigilância genômica do Instituto Pedro Kourí de Medicina Tropical (IPK), a subvariante ba.2 tem sido predominante na Ilha, mas nas últimas semanas a BA.5 tem predominado em algumas províncias, principalmente no oeste.
«O que foi observado até agoraé que estas subvariantes raramente acabam com uma complicação de pneumonia ou angústia respiratória, muito diferente do que aconteceu com as variantes Beta e Delta».
No entanto, recomendou que todas as pessoas, especialmente aquelas de maior risco, mantenham medidas preventivas para evitar infecções, como o uso de uma máscara quando em locais fechados e sem ventilação, assim como a lavagem e desinfecção das mãos.
Observou que pesquisas recentes sugerem que uma terceira dose da vacina Covid-19 é a maneira mais eficaz de deter a propagação da Omicron, incluindo as subvariantes.
Disse que os modelos de previsão para a Covid-19 indicam que a tendência para o controle de doenças continuará nas próximas semanas.
