ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Foto: Charge de Pedro 

O império norte-americano não teve escolha a não ser armar-se com um exército de mentirosos em suas tentativas fúteis de destruir a Revolução Cubana. Depois de provar a agressão, depois de persistir em matar de fome o povo que a defende, a constrói e o torna invencível; depois de bloqueá-lo econômica, comercial e financeiramente, depois de persegui-lo até a última gota de combustível para que não o alcance, tornou-se um mitômano inveterado.

A baixeza das mentiras é tão grande que até mesmo aqueles que são vítimas da mitomania podem se sentir ofendidos com esse relacionamento.Sim, porque, de acordo com a ciência, eles sofrem de um distúrbio psicológico no qual estão constantemente contando mentiras, especialmente sobre suas vidas, a fim de obter a atenção desejada.

Mas os mentirosos do serviço imperial estão cientes de que estão mentindo, seu objetivo é criar descrença nas pessoas, criar dúvidas, medos e insegurança. Mais do que isso, sua intenção hoje é provocar uma guerra entre nós.

Até estabelecem matrizes ou padrões que permeiam as pessoas, as daqui e as do mundo todo. Por exemplo, a grande mídia e aqueles que agem dessa forma nas redes sociais cunharam a frase de que os cubanos não são emigrantes, mas que estão fugindo de uma ditadura, do socialismo, termos virais em todas as mensagens mendazes.

Então, como é mais fácil pegar um mentiroso do que um coxo, pode-se perguntar: se os cubanos que emigram para os Estados Unidos estão fugindo do socialismo, do que estão fugindo os outros latinos que emigram para o mesmo lugar?

Há poucos dias, tentaram instalar a falácia de que o bloqueio já não existia para os medicamentos, ou que foi atenuado nessa área, com a sórdida ideia de afirmar que o governo cubano é incapaz de pagar por esses medicamentos.

«Não é verdade que o bloqueio econômico tenha sido removido ou aliviado para os medicamentos. Exportá-los para Cuba ainda é proibido. Para isso, são necessárias autorizações politicamente condicionadas e difíceis de obter. O que é exportado consiste, basicamente, em ajuda solidária administrada, sob grandes obstáculos, por amigos e pessoas com sentimentos de justiça, que enfrentam a hostilidade e o desprezo de grupos extremistas da máfia anticubana que têm acesso e favores em Washington». Essa foi a resposta de Carlos Fernández de Cossío, vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba.

Essa foi outra manipulação grosseira, sobre a qual o presidente Díaz-Canel disse em sua conta no Twitter: «Nunca esqueceremos o ato genocida do governo dos EUA, quando com sua política de bloqueio negou e dificultou a aquisição de oxigênio para o povo cubano, em meio ao pior momento de pandemia, quando nossa única usina estava quebrada. Esse é o quão real, mas criminoso, é o bloqueio».

Demonizam o socialismo, o socialismo de Cuba, e o classificam como um Estado falido, e para isso mentem novamente, incluindo-o na lista de patrocinadores do terrorismo, com o objetivo de dificultar a vida dos cubanos.

Entretanto, se a maioria dos famintos e desnutridos do mundo vive em países capitalistas, por que o socialismo é culpado pela fome e pela pobreza?

A ELOQUÊNCIA DA HISTÓRIA

Mas se a ciência, por meio da psicologia, nos ilustra o que é mitomania, a história mostra com eloquência o uso de mentiras para fins altamente políticos e criminosos ao mesmo tempo. O infame Paul Joseph Goebbels, que atuou como ministro da Ilustração Pública e de Propaganda do Terceiro Reich entre 1933 e 1945, inscreveu a linha fascista de que uma mentira repetida mil vezes se torna verdade.

Para o nazista, construtor da campanha que levou Adolf Hitler ao poder, o ato de mentir tinha de ser analisado e avaliado, mesmo acima dos princípios éticos e morais que tal ação avilta, pois o objetivo supremo é extrair uma utilidade inegável: influenciar a sociedade.

Em poucas palavras, Goebbels disse que era «adaptar, distorcer, criar conscientemente versões distorcidas dos fatos e transmiti-las a um público que, embora pudesse resistir à sua aceitação, acabaria cedendo à repetição da mentira». Entre os psicólogos, o postulado é conhecido como o efeito da «ilusão da verdade».

É assim que, como uma cópia carbono, o império norte-americano age contra Cuba e contra o mundo. Por quê? Simplesmente porque tem medo. Não esqueçamos o indispensável Bertolt Brecht para saber que «um fascista nada mais é do que um burguês amedrontado». Ou Eduardo Galeano, quando tentou acessar uma página da Internet de Cuba e o mecanismo de busca respondeu com uma mensagem que dizia: «você está tentando entrar de um país proibido».

O intelectual, com um casamento sagrado com a verdade, definiu aquele «pequeno sinal» como um ato de surpreendente sinceridade imperialista, e depois acrescentou que conhecia as razões da frase discriminatória. «Porque é um exemplo de dignidade, um país pobre e pequeno que conseguiu sobreviver a 12 presidentes dos EUA, e porque é o país mais solidário do mundo», disse.

Sim, eles têm medo do exemplo de Cuba, tanto que os médicos que vãocurar, para salvar vidas, para tratar da Covid-19 ou da cólera, e com toda a insalubridade criada pelo mesmo mentiroso, são hoje o exército revolucionário mais temido pela extrema direita e pelo imperialismo norte-americano. Sabe por quê? Eles estão cientes de que cada vida salva é uma verdade.

Eles temem perder o controle sobre a Europa, desencadeando a russofobia por causa da resposta do país eslavo à expansão das fronteiras da OTAN, tendo o povo ucraniano como ponta de lança. Putin não destruiu o Iraque, foram os Estados Unidos e a OTAN; ele não destruiu o Afeganistão, foram o EUA; ele não destruiu a Iugoslávia, a Líbia ou a Síria, foi «aquele casal» que inclusive, em 12 de julho, realizou uma Cúpula na qual deram como presente bombas em cacho uns aos outros. Está claro que a Rússia não é o problema. Mesmo que a mentira queira provar o contrário, os fatos não sabem mentir e os mortos falam.

Têm medo da China e de seu desenvolvimento, guiado pelo Partido Comunista Chinês. Tanto é verdade que os Estados Unidos, que encheram o mundo de bases militares, aparecendo como formigas ao longo da costa daquela nação, agora estão se abatendo com a invenção de uma base do gigante asiático em Cuba.

Abominam que Díaz-Canel reconheça o que ainda precisa ser feito, que compartilhe com as pessoas, em suas casas, que se agarre à ciência para encontrar suas próprias soluções, como as vacinas contra a Covid-19. Tremem ao ver o secretário de Organização do Partido Comunista, Morales Ojeda, tomando um café em uma casa no meio do campo, tal como fez em Ciego de Avila, ou o primeiro-ministro e o presidente do Parlamento conversando com um trabalhador ou um estudante, como se fosse um parente próximo.

É por isso que eles semeiam na opinião pública internacional, que para o governo dos Estados Unidos é qualquer pessoa que concorde com seus postulados, uma imagem distorcida para proteger seu bloqueio, sua lista de patrocinadores do terrorismo, suas políticas coercitivas e seu desejo mais acalentado: provocar uma mudança no modelo social. Como detêm o monopólio da mídia e das redes, como são eles que proíbem o acesso ao que a tecnologia oferece, no mais antidemocrático reconhecimento da obstrução do direito à informação e do direito à expressão, procuram fazer com que a mentira seja mil vezes contada como verdade.

Há aqueles que caem no engano, seja porque são incrédulos ou porque se prestam, como em Cuba, mercenariamente, por um punhado de dinheiro a atacar os seus. Para eles, o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica tem uma mensagem: «O pior inimigo de um pobre é outro pobre que pensa que é rico e defende aquele que faz com que ambos sejam pobres».

Acabar com a paz, com a tranquilidade dos cidadãos e com a segurança das crianças cubanas, que são a maior riqueza de sua Revolução, é o objetivo do mentiroso teimoso. Escutemos novamente o rigor científico na voz do pai da psicologia individual, o austríaco Alfred Adler, que não era marxista nem esquerdista. «Uma mentira não teria sentido se a verdade não fosse percebida como perigosa».

VERDADES

  • A Casa Branca procurou, sem escrúpulos, aproveitar as dificuldades geradas pelos anos difíceis da pandemia para atacar com mais força, aumentar as medidas coercitivas e tentar atingir seus objetivos destrutivos em Cuba.
  • Até agora, neste ano, foram registrados mais de 300 apelos ao caos, à violência, à agressão contra as autoridades, ao terrorismo e à desobediência civil vindos dos Estados Unidos e de outros países, incitando ações contra o governo cubano.
  • As calúnias promovidas pela Casa Branca, relacionadas com os eventos que patrocinou em 2021, são utilizadas por esse governo como pretexto para manter a política de máxima pressão e reforço das medidas de bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba.
  • O ex-presidente Donald Trump, o maior mentiroso da Casa Branca, fabricou o superbalão dos «ataques sônicos» contra a embaixada dos EUA em Havana, com o objetivo de destruir as relações bilaterais.
  • Os 3.478 cubanos mortos e as 2.099 pessoas mutiladas e deficientes, vítimas do terrorismo de Estado contra nosso povo, nos lembram a cada segundo quem estamos enfrentando e qual é a natureza do inimigo.