PARIS.— A exposição “Todos os caminhos”, do artista cubano das artes plásticas Alexis Leyva (Kcho), ficou aberta ao público, desde 20 de maio, na galeria Louis Carré, da capital francesa.
“Eu falo do trabalho, da paixão, da responsabilidade, a arte é responsabilidade. Não se pode criar sem responsabilidade, ainda mais hoje, quando tudo quer se converter em mercadoria fria, pálida e vazia da verdadeira mensagem”, declarou à agência informativa Prensa Latina.
Segundo a opinião do pintor Kcho, “a arte é portadora de uma energia de mudança única. Continuo achando que tem força única, que não é parecida com nada”, sublinhou.
“Para que serve a responsabilidade da criação, sem uma responsabilidade para a vida, para as pessoas?”, enfatizou.
“Não há escuridão que possa vencer a luz que a arte significa. Daí a exposição ‘Todos os caminhos’, porque os caminhos todos conduzem à paixão, à responsabilidade, aos sonhos, é o ideal”, significou.
A historiadora da arte do projeto de Kacho, Mónica González, expressou que o ponto de partida desta exposição foi a visita de Estado que fez o presidente cubano Raúl Castro à França, no passado mês de fevereiro, e o encontro que teve com o presidente francês, François Hollande.
“Durante a viagem, surgiu a ideia de realizar uma jornada da cultura entre ambos os países, pelo que a mostra é baseada nessa iniciativa”, referiu.
González precisou que a obra de Kcho recorre muito ao tema da migração, dos barcos. Está muito ligada, também, ao tema das pessoas que partem, que não retornam, ao desejo, a nostalgia pela terra própria.
Ele explica que alude muito a estes elementos porque cada parte da história de Cuba acontece através de um barco: desde a chegada de Cristóvão Colombo, a mesma formação da Ilha, a chegada da Virgem da Caridade do Cobre, o desembarque do iate Granma, reafirmou.
Na exposição que o público pode desfrutar até 2 de julho, há esculturas, instalações e desenhos.
