
Recentemente, o cantor Descemer Bueno publicou, em sua conta oficial do Facebook, seu desejo de que o governo dos Estados Unidos levante o bloqueio econômico, comercial e financeiro que mantém contra nosso país, especialmente quando o mundo está passando por uma situação complexa diante do novo coronavírus. «Os EUA bloqueiam a entrada de ajuda a Cuba dos itens mais básicos que precisamos, como máscaras e remédios, alimentos, ventiladores artificiais», denunciou em seu post o popular músico e compositor, sobre a atitude das autoridades norte-americanas em impedir a entrada na nação caribenha de uma doação de Jack Ma, fundador da Alibaba, a gigante eletrônica chinesa e da fundação que leva seu nome.
Descemer Bueno pede aos cubanos residentes naquele país que exijam o fim de políticas cruéis, já que a Ilha maior das Antilhas é uma nação que atualmente está ajudando outros países que também estão travando a batalha contra a Covid-19. «Tenho certeza», disse, «de que Cuba não hesitaria em enviar médicos para Nova York ao mesmo tempo em que estão nos bloqueando».
A publicação, que gerou 3.186 comentários em menos de 24 horas e foi compartilhada cerca de 850 vezes, foi recebida por inúmeros seguidores com satisfação. «O rancor dele» - referindo-se ao governo dos Estados Unidos - «é tão grande que excede as necessidades da maioria dos cubanos (...). Cuba vai superar o vírus com ou sem bloqueio! », diz um internauta.
No entanto, o cantor e compositor foi alvo de alguns comentários ofensivos, assim como Israel Rojas há pouco mais de uma semana, por expressar sua discordância com o bloqueio. Descemer foi considerado de ter um «duplo padrão», acusado de defender os interesses de seus «amigos comunistas» e ameaçado de que ninguém irá a seus shows naquele país, o mesmo que, há pouco tempo, recebeu uma doação da Jack Ma.
Este não é o primeiro ataque que o músico recebe, mas seu nome aparece na lista de artistas cubanos ofendidos no final de 2019, junto com Haila, Jacob Forever, Gente de Zona e muitos outros que foram alvo de cancelamento de shows nos Estados Unidos, campanhas contra ele em redes sociais, programas de televisão e vídeos ao vivo, absurdos na medida dos mesmos que o acusam de inconsistente.
A campanha demonizadora contra artistas cubanos é apenas uma das muitas formas de ataque, para espalhar o caos nesse povo solidário, cujos filhos não podem ser intimidados. Para o descontentamento daqueles que pagam milhões para ver subjugados os defensores da Revolução, Descemer continuou cantando para Cuba e seu povo.
Agora, menos do que nunca, não é hora de atacar os defensores das justas causas, apertar a corda com sanções aos países, limitar a ajuda humanitária ou andar com egoísmo, mas estender a mão a quem precisa, porque apenas unidos poderemos vencer na luta contra esta nova doença. A humanidade exige coragem, resistência e oferecer o coração.




