ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Mais de 4.000 títulos e cerca de quatro milhões de cópias foram oferecidos aos leitores, dos quais 1.353.285 foram vendidos, 153.305 a mais do que o evento anterior. Photo: Endrys Correa Vaillant

SANTIAGO DE CUBA.— A literatura como herança do povo, e não como um fenômeno da elite; o livro como repositório do melhor da cultura e instrumento de libertação; a Revolução como um fato profundamente cultural. Tudo isso foi demonstrado na 30ª edição da Feira Internacional do Livro, que viajou pela Ilha em 40 dias, de ponta a ponta, em meio a uma situação econômica adversa.

A cerimônia de encerramento do evento, no Salón de los Vitrales da Praça mayor-general Antonio Maceo, nesta cidade, acolheu a apresentação, pela primeira vez fora de Havana, dos dois volumes do livro Revolución, la obra más hermosa, que reúne discursos, entrevistas e declarações do general-de-exército Raúl Castro Ruz, que esteve a cargo de Abel Prieto Jiménez, presidente da Casa das Américas.

O presidente do Instituto do Livro Cubano, Juan Rodríguez Cabrera, disse que a realização da Feira, uma verdadeira filha da Revolução e do pensamento criativo do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, não teria sido possível nas circunstâncias atuais sem a liderança indiscutível do Partido e do Governo, cujas autoridades territoriais marcaram presença na cerimônia, bem como o ministro da Cultura, Alpidio Alonso Grau.

Acrescentou que isto, juntamente com os esforços dos trabalhadores, funcionários e criadores envolvidos no sistema editorial cubano, ajudou este evento de massa, destinado a elevar a cultura de nosso povo, a prevalecer sobre a crise econômica que o mundo está atravessando, o bloqueio econômico, comercial e financeiro apertado pelos Estados Unidos, e os efeitos da pandemia.

Em uma avaliação parcial do programa desses dias, Rodríguez Cabrera informou que, graças à resistência criativa do país, mais de 4.000 títulos e cerca de quatro milhões de cópias estavam disponíveis para oferecer aos leitores. Disse que foram vendidas 1.353.285 cópias, 153.305 a mais do que no evento anterior.

Descreveu como significativa a presença de 2.238.000 visitantes (127.200 a mais do que na Feira anterior), que puderam desfrutar de 5.000 eventos literários e artísticos, a apresentação de mais de 900 novas obras, cerca de 400 conferências, 200 workshops, 130 prêmios e homenagens, bem como mais de 250 leituras de poesia, concertos e exposições.

Destacou o extenso programa das 294 livrarias do país, e como sinal de amizade, solidariedade e confiança para com Cuba, agradeceu a presença de mais de 300 representantes de 35 países, a participação de escritores, expositores, escritores, artistas e funcionários, e muito especialmente, a presença da nação irmã do México, como convidada de honra.