
Entre as alegrias de dezembro está, sem dúvida, a 44ª edição do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, que será inaugurado esta noite, de 8 de dezembro, na sala de cinema Chaplin para oferecer, durante nove dias, o melhor e mais representativo da filmografia da região.
A música evocativa de Desde la aldea, que identifica o Festival, é como se fosse nova, e os dias de cinema estão finalmente chegando. Para esses dias, fazem-se planos, escolhem-se filmes e reaviva-se o sentimento latino-americanista, não só pelas propostas nas telas – entre as quais costuma prevalecer o tema descolonizador que animou os fundadores do evento e que continua inspirando as novas gerações de criadores da região – mas também porque o Festival é uma oportunidade para nos aproximarmos em irmandade, para nos reconhecermos na cor diversa de Nossa América e para assumirmos com acuidade, junto com a fruição, as mensagens que vêm da arte e da cultura.
O filme Los colonos, do cineasta chileno Felipe Gálvez, foi escolhido para abrir o Festival, que é acompanhado por um slogan que incita: Luz verde: ação!
Os cinemas La Rampa, Yara, Chaplin, 23 e 12 e Acapulco estão abertos para a exibição de filmes, enquanto o cinema Glauber Rocha da Fundação do Novo Cinema Latino-Americano e o cinema da Universidade das Artes (ISA) funcionarão como cinemas colaterais.
Com uma seleção oficial de 199 filmes, com México, Argentina, Brasil e Chile entre os mais presentes, foram inscritos no Festival 1.922 filmes, 231 roteiros inéditos e 128 cartazes de 19 países latino-americanos, com um total de 90 títulos concorrendo aos Prêmios Coral nas categorias de longa-metragem de ficção, longa-metragem de estreia, longa-metragem documentário, curta-metragem e animação. Trinta filmes estão concorrendo na categoria Roteiro Inédito, 30 na categoria Cartaz e sete na categoria Pós-produção.
Quanto à seleção cubana, haverá cerca de 22 filmes, incluindo La mujer salvaje (A mulher selvagem), de Alan González, Una noche con los Rolling Stones (Uma noite com os Rolling Stones), de Patricia Ramos, e Brujo amor (Amor bruxo), de Orlando Mora.
Este ano, o evento contará com um Fórum de Animação, o Juan Padrón in memoriam, e prestará homenagem ao cineasta hispano-mexicano Luis Buñuel, no 40º aniversário de sua morte, e ao ator e diretor francês Max Linder, no 140º aniversário de seu nascimento.




