
Destacados artistas da cultura cubana foram agraciados, em 26 de dezembro, com importantes reconhecimentos por seus desempenhos. O Prêmio Nacional de Literatura 2023, que entrega o Instituto Cubano do Livro (ICL) foi outorgado à escritora e jornalista María Elena Llana Castro.
O Prêmio Nacional das Ciências Sociais e Humanísticas e o Prêmio Nacional de Edição, ambos também do ICL, foram, respectivamente, para o antropologista Jesús Guanche Pérez e para o editor e escritor Enrique Pérez Díaz.
Por seu lado, o Prêmio Nacional de Patrimônio Cultural 2023, que outorga o Conselho Nacional de Patrimônio Cultural, foi para o etnologista Miguel Barnet Lanza.
Um júri liderado pela poetisa Nancy Morejón reconheceu na autora de Casas del Vedado e Tras la quinta puerta, entre outros elementos, «a precursora originalidade de sua escrita, com destaque para a cultura de temas mais do que peculiares». Llana, em uma conversação com o Granma Internacional, disse que se sentia satisfeita, «porque muitas pessoas acreditaram neste prêmio», explicou.
Liderado por Miguel Barnet, o júri que votou em Guanche distinguiu que «seus estudos dos componentes étnicos da nação cubana são notáveis e mostram a profundidade de seu pensamento», destacando, ao mesmo tempo, em seu trabalho a incorporação de «aspectos novos e pouco estudados da cultura popular cubana, tanto nas origens hispânicas quanto africanas». A Enrique Pérez Díaz lhe foi reconhecido na ata – assinada por um grupo de editores liderado por Virgilio López Lemus – o fato de ser um excelente editor, e «um muito notável gestor e líder do mundo editorial cubano», que «se desempenhou, igualmente, no setor diretivo de casas editoras e na atividade de promoção do livro e a leitura». «Aceito o prêmio pela fidelidad e por querer sempre que as pessoas leiam as melhores coisas», comentou a este semanário, em um breve contato telefônico.
A proclamação de Miguel Barnet como Prêmio Nacional de Patrimônio Cultural 2023 distinguiu a entrega de uma vida consagrada ao resgate, a pesquisa, a preservação e a promoção de aspectos cardeais na formação da identidade cubana. Quando a presidente do Conselho Nacional de Patrimônio Cultural, Sonia Virgen Pérez Mojena, deu a notícia ao autor de Biografía de un cimarrón, na memória do premiado foram refletidos aqueles que fundaram o pensamento cubano, desde José Agustín Caballero e Félix Varela até José Martí e Fernando Ortiz. Evocou Argeliers León, um de seus mentores, e ressoaram em seus ouvidos os toques, preces e cantos dos praticantes de religiões populares e rumbeiros que, ainda criança, escutou em um cortiço de El Vedado. Da Fundação Fernando Ortiz, fundada e presidida por ele, continua contribuindo para fazer cada dia mais vivente o patrimônio da nação.




