ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Prensa Latina
Alguém que assistiu o filme Fresa y chocolate não conseguiu reparar no personagem de Nancy, a desenvoltura, a fragilidade, o lado cômico e o encantamento de uma personagem magistralmente defendida? 
 Levar um papel secundário ao campo do inesquecível é um marco definitório para qualquer intérprete, e Mirta Ibarra o conseguiu nesse filme. Graças a isso não somente obteve um prêmio Coral, mas também se conseguiu instalar de forma definitiva no imaginário nacional como um dos rostos icônicos do cinema cubano. Seus acertos na tela vinham de antes e não parariam mais. 
 Em virtude dessa longa trajetória na cinematografia cubana, como atriz em filmes de culto, desde 1967 até hoje, mas também devido a suas múltiplas ações durante mais de 50 anos no âmbito da cultura nacional, lhe foi outorgado o Prêmio Nacional de Cinema 2025.
 Segundo deu a conhecer, em 27 de março, o Instituto Cubano da Arte e da Inústria Cinematográficas (Icaic), o júri escolheu Mirta Ibarra por maioria de votos, tendo em conta seu legado, continuidade e integralidade; bem como a repercussão de seu trabalho na sociedade e o desempenho na preservação do legado de Tomás Gutiérrez Alea (Titón), quem foi seu companheiro de vida, e sob cuja direção trabalhou em fitas como La última cena, Hasta cierto punto ou Cartas del parque.