ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
O campeão olímpico de Londres 2012, Leuris Pupo, procurará manter a primazia.

SÓ faltam uns poucos meses para o começo do maior espetáculo esportivo da humanidade, quando se desenvolva, entre 5 e 21 de agosto próximos, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, a 31ª edição dos Jogos Olímpicos da época moderna.

Até este instante, já 58 esportistas cubanos conseguiram sua classificação para esta Olimpíada, distribuídos em nove disciplinas, entre os quais destaca o tiro esportivo, com sete atletas que conseguiram ser os primeiros da Ilha maior das Antilhas a garantir sua presença no Rio 2016.

Em consideração ao compromisso esportivo cubano mais importante dos últimos quatro anos, o semanário Granma Internacional conversou com alguns dos atiradores classificados da seleção nacional deste esporte.

Reinier Estopiñan, campeão pan-americano de Toronto 2015 na modalidade de carabina três posições, assegurou sentir-se em bom estado físico e técnico nos treinamentos, embora haja carência de munições. “Até agora a preparação esta correndo bem para meus colegas e para mim. Temos previstas duas bases de treinos esportivos na América Central, a primeira em março próximo e a outra prévia aos Jogos Olímpicos. Também assistiremos à Copa do Mundo de Munique, Alemanha e ao torneio pré-olímpico de maio”, afirmou.

Seu treinador Maykel Guerra, aprofundou acerca da carência de munições e respeito à importância de realizar bases de treinos com qualidade em outros países: “Algo fundamental em nosso esporte; as munições são insuficientes. A importação de projéteis é bem difícil, devido ao bloqueio econômico comercial e financeiro norte-americano, o qual impede que as empresas produtoras as possam vender diretamente à Ilha. Ainda assim, a Federação Nacional está procurando alternativas para obter lotes deles para as próximas bases de preparação, as quais determinarão, em boa medida, os resultados futuros, porque os atletas poderão praticar o tiro e se adaptarem aos alvos eletrônicos que aqui não temos”.

O tiro esportivo é uma das disciplinas que permitiu a Cuba manter-se no lugar mais alto do pódio, durante os últimos três ciclos olímpicos e conta com atiradores de categoria mundial para manter essa tradição e com figuras jovens e cheias de talento que necessitam recursos para sua maturação esportiva.

A atiradora Eglys Cruz encontra-se em ótima forma esportiva.

Os classificados ao convite multiesportivo do Rio de Janeiro são liderados pelo campeão olímpico de Londres 2012, na pistola pneumática de tiro rápido, Leuris Pupo; destacando também Eglys Cruz, medalha de bronze, na carabina três posições, nos jogos de Pequim 2008, e Juan Miguel Rodríguez, medalha de bronze no skeet, em Atenas 2004. Completam esses lugares o vice-campeão em pistola pneumática, nos Jogos Pan-americanos de Toronto, Jorge Grau; a especialista no fuzil e campeã continental em Guadalajara, Dianelis Pérez, e o também atirador Alexander Moleiro.

A situação de Pupo é um pouco mais favorável, embora tampouco tenha podido treinar na sede do campo de tiro olímpico comandante Enrique Borbonet Gómez, segundo confirmou ao jornal Granma. Pupo recebeu um convite da seleção nacional dos Estados Unidos para desenvolver uma base de preparação, similar à efetuada no mês de dezembro passado, no campo da base militar de Fort Benning, em Atlanta.

Seu treinador, Meinardo Torres, assegurou que Leuris Pupo tem condições para manter-se na cúpula mundial e optar por outra medalha no evento olímpico.

O máster em ciências esportivas, Rafael Guerra Mollinedo, presidente da Federação Cubana de Tiro Esportivo e Comissionado Nacional dessa disciplina, referiu-se a algumas das dificuldades que sofrem os atletas já classificados e as aspirações que estes têm.

Previsões? Reservadas, afirmou- Aspirações? As de dar tudo na modalidade do tiro. Os atletas cubanos foram capazes de sobrepor-se às carências dos últimos tempos, graças à constância e a dedicação que os caracteriza. O compromisso com a Pátria nos obriga estar ao nível de nossos resultados históricos.