ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Lázaro Álvarez (à esquerda), é um dos boxeadores cubanos que mostrou uma preparação ótima na presente Worlds Series.

MUITAS vezes para um esportista ou um time chegar à final de um grande evento é muito difícil. Contudo, para os Domadores de Cuba pareceria que transitar pela 6ª World Series de Boxe é como percorrer um caminho confortável, sem que isso signifique que os boxeadores cubanos não tenham que realizar grandes sacrifícios durante a etapa de treinos.

Porém, quando o sino soa e começa o combate, os garotos dirigidos pelo técnico Rolando Acebal se transformam em autênticos domadores de seus rivais, aos quais submetem com o chicote e com um boxe muito técnico, recebendo poucos golpes.

Se alguém duvida disso, apenas tem que olhar os recordes impostos pelos cubanos na presente World Series. De um total de 50 combates travados até as semifinais, apenas em três ocasiões o punho de algum dos nossos boxeadores não foi erguido, quando em 27 de fevereiro se perdeu o encontro, como visitantes, para os Otomans da Ucrânia, em uma noite marcada por polêmicas decisões arbitrais, que prejudicaram um dos três cubanos derrotados (Yosvany Veitía).

Ainda, e como prova irrefutável do nível do boxe na Ilha Maior das Antilhas, neste evento dos punhos o time dos Domadores optou por dar descanso a várias de suas principais figuras, tendo em conta os já próximos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e essa estratégia deu excelentes frutos. De nove lutadores suplentes que subiram ao ringue os noves desceram com a vitória.

Entre eles seria necessário destacar Luis Oliva, nos 64 quilos, que na semifinal venceu em toda a linha o vice-campeão mundial de Doha 2015, Fazliddin Gaibnazarov. Nessa batalha o pugilista de Matanzas respondeu como todo um gigante à confiança depositada pelo coletivo técnico cubano e teve um excelente combate, desferindo efetivos golpes ao rosto do contrário.

Os cubanos foram colocados no Grupo A, junto aos Otomans, os Dragões da China e os Conquistadores da Turquia. Nessa divisão ficaram à cabeça com 16 pontos como se esperava.

Já nas quartas-de-final submeteram com dez vitórias esmagadoras o time dos Guerreros Mexicanos que vieram à Ilha com pretensões de vencer os cubanos, mas sem conseguirem.

A seguir, foi a vez dos Tigres de Uzbequistão, a grande surpresa do evento, pois tinham eliminado anteriormente os Baku Fires, do Azerbaijão e depois o time da Rússia, nas quartas-de-final.

Mas com os cubanos, não houve espaço para o espanto e ficaram no caminho, ao perderem os dez combates, apesar de que vieram a Havana com dois vice-campeões do planeta, um bronze mundial e um campeão junior do mundo, além de outros boxeadores já classificados para o Rio 2016.

Agora, resta continuar com as árduas jornadas de treino, à espera do vencedor do encontro entre os Corações de Leão, da Grã-Bretanha, e os atuais campeões da World Series, os Astaná Arlans, do Cazaquistão, que terá lugar em Londres, nos dias 26 e 27 de maio.

Os especialistas e fãs do boxe esperam que os Astaná Arlans saiam bem-sucedidos, no enfrentamento com os britânicos, atendendo a sua destacada trajetória, e então protagonizar e reeditar com os cubanos a final da passada World Series. Caso se concretizar esse desejo, os Domadores terão uma oportunidade de ter uma desforra do acontecido em 2015 e demonstrar que são os reis absolutos do boxe em nível mundial. O chicote tem que se impor.