
CUBA e seu movimento esportivo acabaram de ser atores principais de outra grande façanha na arena internacional. Os Jogos Pan-americanos de Lima, que acabaram de concluir, foram um grande desafio e a delegação cubana, de cerca de 420 atletas, alcançou 98 medalhas, 33 delas de ouro, ocupando a quinta colocação.
«Lutou-se com força pelo objetivo de superar as 36 medalhas de ouro conquistadas há quatro anos nos Jogos de Toronto», disse Osvaldo Vento Montiller, presidente do Instituto Cubano de Esportes (Inder) e chefe da delegação na capital peruana, que argumentou que tanto foi assim que disso «atesta a recusa em desfrutar das medalhas de prata e de bronze que tamanha alegria provocariam em qualquer outra delegação, bem como as lágrimas de vergonha causadas pela dor de não alcançar o objetivo proposto».
Em uma declaração ao concluir a lide multissportiva, Vento Montiller disse que «sempre insistimos em que enfrentaríamos uns jogos de muita exigência, caracterizado pela ascensão de países economicamente mais sólidos, o que se traduz em uma abundância de implementos, infraestrutura, tecnologia, instalações e treinamento necessário, recursos para nacionalizar e/ou contratar ou comprar atletas e técnicos, e outras especificidades, ao qual se acrescenta uma população substancialmente maior do que a nossa».
Explicou, de acordo com o texto oferecido à mídia impressa, que «a realidade aponta para a consolidação desse panorama rumo ao futuro, porque o esporte de alto desempenho está exigindo cada vez mais grandes gastos, e esse é um desafio de grande significado».
O presidente do Inder considerou que «perante o nível prevalecente, qualificado como o maior da história destes Jogos, a partir da presença de mais de cem medalhistas olímpicos e do fato de que 21 esportes concederam lugares para Tóquio, a disciplina prevaleceu, o espírito de vitória e o senso de equipe».
Comentando os resultados na tabela de medalhas, argumentou que a contribuição foi feita por 20 esportes, «nove dos quais contribuíram com ouro. Referimo-nos ao boxe (8), atletismo (5), luta livre (5), judô (5), tiro (4), canoagem (2), remo (2), ciclismo (1) e a esgrima (1)».
A delegação cubana participou de 267 das 419 competições realizadas, o que significou estar fora de 152 delas, incluindo algumas fora do programa olímpico, «sem as quais a ordem geral não teria sido a mesma», disse.
Vento Montiller ponderou sobre as disciplinas que fizeram contribuições superiores às previstas: tiro (mais 2), boxe (1), atletismo (1), judô (1) e esgrima (1). Ele também se referiu àqueles que não atingiram os níveis esperados, como taekwondo e beisebol, «este último com um desempenho longe do esperado, de acordo com a preparação feita«, disse.
De acordo com o texto, a ginástica artística e a pelola basca também falharam em alcançar suas aspirações de triunfo, enquanto a luta «conseguiu dois títulos menos do que aqueles identificados como atingíveis».
Também insistiu em que «as análises serão necessárias, porque nunca aceitaremos a complacência, mas nada pode manchar as razões que nos ajudam a nos orgulhar da paixão com a qual esta delegação insistiu em levantar o nome de Cuba e o povo digno ao qual representou».
Destacou que, mais uma vez, Cuba, alheia a práticas como a inserção de atletas e treinadores estrangeiros, competiu em Lima «com uma delegação totalmente autóctone, resultado de um sistema esportivo ao alcance de todos, mantido como prioridade pelo Estado, mesmo no meio do aumento da agressão do governo dos EUA, que impõe limitações não sofridas por qualquer outro país.
Da mesma forma, expressou que o que não foi alcançado nunca teve a causa de dar as costas ao compromisso assumido.
O presidente do Inder destacou o apoio que o povo sempre prestou à delegação e destacou «as emoções que gerou nos atletas as mensagens emitidas pelo presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo Hernández; o Comandante da Revolução Ramiro Valdés Menéndez e outros líderes.
Da mesma forma, os diálogos realizados com alguns deles e com a funcionária do secretariado do Comitê Central do Partido Olga, Lidia Tapia Iglesias, foram motivadores para o trabalho diário.




