ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Os resultados da delegação cubana foram caracterizados pela eficiência. Photo: Ricardo López Hevia

LIMA.— Eficiência e entrega marcaram a atuação dos cubanos nos finalizados VI Jogos Parapan-americanos, com a sétima colocação e uma colheita de 13 medalhas de ouro, dez de prata e 16 de bronze.

Mais que as estatísticas, foi decisivo o sacrifício dos 46 atletas em busca de cumprir o compromisso de vir «Sempre por mais», que se bem não superaram as medalhas obtidas em Toronto 2015 tiveram novamente uma alta eficiência em relação com os prêmios ganhados.

Do total de participantes, 33 deles ao menos subiram uma vez ao pódio, para um alto 71,7 %. Respeito ao número de medalhas atingiu-se 84,8% de efetividade. Desta vez nossos esportistas concorreram em 67 das 370 provas premiadas, somente 18%.

Momentos importantes desta edição foram as três medalhas de ouro da velocista Omara Durand em 100, 200 e 400 metros T12 (fracos visuais profundos), quem honrou assim a sua condição de porta-bandeira da delegação.

Outro que alcançou três medalhas foi o nadador Lorenzo Pérez, com ouro em 400 metros livre s6 e pratas nos 50 e 100 metros, apesar de não ter chegado em forma ótima por ter sofrido dengue antes do evento.

Não menos destacada foi a estreia de Yenigladys Suárez, com ouro e bronze nas modalidades de pistola de ar 10 metros e esportiva 25 metros SH1, respectivamente, entre os principais multimedalhistas. Se nos 50 metros não obteve medalhas, ao se encravar sua arma antiga, soube sobrepor-se.

Suárez esteve entre os 20 estreantes nesta lide, pois aqui não puderam competir o judoca campeão paraolímpico de Londres 2012 nos 90 kg, Jorge Hierrezuelo, por ter-lhe sido revocada a sua classificação médico funcional, como também aconteceu com a taekwondoca Arlettys Martínez.

OUTROS DESTACADOS

Títulos muito relevantes foram obtidos por Yunier Fernández no tênis de mesa, já na sua quarta edição, sempre nos dois primeiros lugares na categoria TT1 (cadeira de rodas), bem como os lançadores de dardo Ulicer Aguilera (F13- fracos visuais), Guillermo Varama (F46- afetados nos membros superiores) e de Gerdan Fonseca (F43-64 -prótese em membros inferiores), este último dos muito poucos participantes nas seis edições parapan-americanas desde Cidade do México 1999.

Ratificaram aquí suas medalhas de ouro Leidy Rodríguez (41-45 kg), nos pesos, o judoca Yordanis Fernández (agora nos +100 kg) e o saltador Felipe Gutiérrez (T13), entre experientes dos quais faltaram alguns muito importantes para tentar superar a atuação de há quatro anos.

Não só os vencedores de medalhas de ouro levaram aplausos. Para citar dois dos que obtiveram prata: o nadador Juan Castillo conseguiu um tempo nos 100 metros mariposa S10 com o que teria ganhado o ouro na modalidade S9, na qual venceu na cidade canadense. O taekwondoca Adrián García nos 75 kg k44 (afetados nos membros superiores) só perdeu para o mexicano campeão mundial Juan García.

CASOS INSÓLITOS

Um caso especial foi o de Leonardo Díaz no disco F56-57 (cadeira) quando o despojaram de sua medalha de prata ao aceitar o painel de arbitragem uma reclamação mediante vídeo feita por integrantes do México, sem observar o vídeo oficial. Assim prejudicaram a história do campeão paraolímpico e nove vezes recordista mundial.

Tampouco pode-se esquecer que a Oníger Drake lhe invalidaram as três tentativas no levantamento de pesos com 204 kg, quando recentemente finalizou na quarta colocação no Campeonato Mundial em Nur Sultan, Cazaquistão, com 208.

Houve entrega em prol das vitórias nos distintos cenários, por isso merecem o maior reconhecimento do seu povo, que sempre esteve presente nas suas competições e ao qual dedicaram suas atuações.

Lima foi um capítulo bem-sucedido para os esportistas cubanos com deficiências físicas.