
Paris.— É muito provável que ninguém tivesse essa medalha de ouro em mente, ou melhor, ninguém além dele. «A única coisa que passou pela minha cabeça foi que eu venceria a luta. Eu sabia que não podia parar de dar socos, sem ser descuidado, porque o francês é um grande boxeador».
Erislandy Álvarez, além disso, não queria que o boxe, a disciplina de maior destaque do esporte cubano, ficasse sem medalhas. Essa foi sua motivação.
«Guapo y fajao, (corajoso e lutador) como se diz em bom cubano, Erislandy Álvarez obteve uma medalha de ouro disputada até o último soco. É assim que se luta e é assim que se vence, mesmo quando as chances são contra você. Com coragem, paixão e alegria. Cuba comemora e dança com você por essa bela vitória», disse o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez.
Perguntamos a Erislandy, chamado de o viking de Cienfuegos como se sentia por ser o líder da equipe cubana com mais medalhas nos Jogos Olímpicos.
«Não sou o líder, só ganhei uma medalha de ouro, temos de continuar lutando; os líderes somos todos nós da equipe, na qual ajudamos uns aos outros em qualquer circunstância», disse Erislandy.
Quando lhe dissemos que, com sua medalha de ouro, Cuba subiu para a 21ª colocação no quadro de medalhas, ele nos garantiu que mais duas medalhas ainda virão.
Foi uma noite abrilhantada pelas medalhas de prata e bronze conquistadas por Yusneylis Guzmán e Gabriel Rosillo, que receberam o abraço de Díaz-Canel, por meio das redes.
Não é coincidência que as medalhas tenham sido conquistadas no boxe e na luta livre. Assim como Cuba não para de lutar, em Paris, o esporte também continua lutando.




