ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Ricardo López Hevia

Paris.— Raramente há uma imagem mais clara das diferenças entre o mundo rico e o pobre do que aquela vista nos Jogos Olímpicos.
 Se você olhar o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos Paris-2024, ou de qualquer outro evento anterior, e observar os primeiros pavilhões, perceberá que mais parece uma reunião do G20 ou de uma das nações ricas que compõem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
 É por isso que as primeiras medalhas de ouro de sua história, de Santa Lúcia, Dominica e Guatemala, são tão valiosas, mesmo que tenham sido conquistadas 124 anos após o início dos Jogos.
 Os três títulos brasileiros, dois cubanos, equatorianos e chilenos, os conquistados pelos países africanos, as quatro medalhas de prata conquistadas pelo México e os louros colombianos valem muito. Significam que nós, do Sul, também nos sentamos nesse salão luxuoso, apesar de nos ser negado o desenvolvimento comercial e tecnológico do esporte das grandes potências.
 E valem mais, porque a Olimpíada de Paris foi muito competitiva, com 63 bandeiras no topo dos mastros de premiação, pelo menos uma vez, e com 91 países no mundo.
 Esses também são motivos para celebrar hoje, na Pátria, nossos esportistas - medalhistas ou não – que levarão, nos braços invencíveis de Mijaín López Núñez, a bandeira da estrela solitária que defenderam com tanto fervor e amor.