
Assunção.– Uma forte tempestade ameaçou atrapalhar as comemorações na cidade, mas nem isso impediu a delegação cubana de continuar expandindo sua trajetória de ouro nos 2os Jogos Pan-Americanos Júnior através do atletismo.
Com um grito de libertação, daqueles que permitem liberar toda a adrenalina acumulada, o decatleta Josmi Sánchez se despediu do estádio do Parque Olímpico Paraguaio. Graças ao seu enorme esforço, garantiu um dos dois títulos cubanos do dia, que começou na véspera, em condições muito diferentes das de terça-feira, 19, o que quase forçou o adiamento da programação.
Josmi conseguiu superar qualquer contratempo para conquistar os 7.550 pontos que substituíram o máximo anterior da competição. E embora só tenha conseguido bater seu recorde pessoal nos 110m com barreiras (14,45 segundos), seu desempenho foi tão estável que foi o suficiente para relegar o venezuelano Carlos Córdoba (7.393) e o chileno Max Moraga (7.304) às posições restantes do pódio.
«Eu sempre disse que vim para ganhar ouro, não uma medalha de cor diferente. Missão cumprida. Estamos aqui pelo povo, pelo meu país, pelo meu esporte», declarou Josmi, logo após a extenuante final dos 1.500 metros.
Outro título de inspiração cubana já havia chegado antes, graças ao saltador em distância Aniel Molina, que ficou inalcançável em seu segundo salto, de 7,95 metros. Embora suas expectativas não tenham sido atendidas, não faltou vontade de fazer melhor – daí as inúmeras faltas – o que foi louvável, dadas as circunstâncias difíceis do frio e da chuva constante.
Além dos dois prêmios, houve outras performances notáveis ao longo do dia, como o excelente tempo de Jocelyn Echazábal (12,95 segundos) nos 100 metros com barreiras, que, além de melhorar seu recorde pessoal e estabelecer um novo recorde para a prova, confirmou que o atletismo cubano ainda tem muito a mostrar nesta competição.





