A Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática continuou suas sessões de trabalho esta semana.
O objetivo dos representantes de 195 países e a União Europeia, tem sido o de selar um acordo universal que pare o sobreaquecimento da Terra, para menos de dois graus Celsius com respeito à era pré-industrial.
Entre sete e oito de dezembro foi celebrado o Segmento de Alto Nível da COP21, com intervenções de ministros e chefes de delegações, um complemento da reunião de líderes efetuada no começo da Cúpula.
A ministra cubana da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Elba Rosa Pérez, reafirmou o compromisso da Ilha com o sucesso da conferência climática em Paris, que deve conseguir de maneira transparente um acordo justo, equilibrado e ambicioso.
Ao discursar no segmento de alto nível desta cúpula, Pérez afirmou a certeza de que se pode contar com a atuação construtiva de Cuba para responder à esperança que as gerações atuais e futuras puseram neste encontro de representantes de 195 países.
Referiu-se à intervenção do primeiro vice-presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, durante o evento de líderes que iniciou a Cúpula, de que o acordo de Paris deve entranhar um firme compromisso global para a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Ao discursar no referido segmento, o ministro do Poder Popular para Ecossocialismo e Águas da Venezuela, Guillermo Barreto, afirmou que seu país confia em que seja conseguido um acordo justo, equitativo e ecologicamente razoável na Conferência da ONU sobre Mudança Climática.
Em seu discurso, Barreto lembrou que na fracassada Cúpula de Copenhague o comandante Hugo Chávez tomou das ruas a consigna: Mudemos o sistema, não o clima!, que se converteu em inspiração para rechaçar um falso acordo imposto, na hora derradeira, por um grupo de países ricos.
Pela América Latina, a Nicarágua exigiu indenizações diretas e incondicionais para todas as consequências da mudança climática que sofrem os países em desenvolvimento, enquanto o Grupo Africano advertiu que um novo acordo climático deve priorizar as vulnerabilidades e necessidades urgentes desse continente.
O presidente da COP21, Laurent Fabius, insistiu na importância de concretizar um acordo universal; as nações do Sul advogam pelo princípio de responsabilidades comuns mas diferenciadas, devido ao papel das nações industrializadas na poluição ambiental.
Os estados em desenvolvimento demandam dos do Norte vontade política, a partir da entrega de recursos, capacidades e tecnologias que tornem possível a adaptação ao cenário atual e o abandono da dependência das energias fósseis, noticia a Prensa Latina.
De sua parte, durante um encontro ministerial africano sobre o ambiente, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon elogiou o compromisso da África de falar com uma única voz nas negociações, como um poderoso bloco de 54 nações, e assinalou o encaminhamento das iniciativas de Adaptação Africana e de Energia Renovável.
De maneira geral, Ban ressaltou a aprovação, em julho, da Agenda de Ação de Addis Abeba sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, bem como a reunião em Nova York de setembro, onde foi adotada a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.