
SANTIAGO DO CHILE.— A secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse em 17 de dezembro que Cuba fez seus deveres para tentar melhorar sua economia e necessita com urgência o levantamento do bloqueio dos Estados Unidos.
No encontro de fim do ano, para tecer valorizações sobre a economia na região e suas perspectivas, Bárcena respondeu perguntas da Prensa Latina em torno ao panorama futuro de Cuba nestes domínios.
A máxima responsável pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) sublinhou que “em Cuba o tema pendente é o fim do bloqueio; é certo que houve uma aproximação muito positiva, alguns avanços (...)”.
“Eu acho que se dão resultados no turismo e em algumas esferas importantes, mas o que está faltando de forma definitiva é o cessar do bloqueio. Então, enquanto isso não ocorrer, não será possível que haja uma normalidade na economia cubana”, precisou.
Bárcena detalhou que a Ilha caribenha empreendeu um vasto programa de atualização do seu modelo econômico “com medidas que foi implementando pontualmente, como a abertura do trabalho autônomo ou independente, em inúmeros domínios dos serviços”.
“Há uma série de setores nos quais Cuba mudou muito rápido e, por outro lado, também mandou sinais claros sobre o investimento estrangeiro direto (IED), a zona especial do porto de Mariel, entre outros aspectos”, comentou.
A titular da Cepal mencionou o impulso da IED no caso do México, também do Brasil, bem como a instalação de indústrias dentro de Mariel que, precisou, é um porto pós-panamax (navios de grande dimensão).
“Cuba apresentou sua pasta de projetos em diversos perfis e é evidente que conseguiu progressos, mas opino que o impacto destes movimentos vai repercutir nas instituições e para isso deverá se prontificar”, argumentou.
Em todo o caso, reiterou, Cuba fez seus deveres e depende em boa medida do levantamento do bloqueio para dar um salto maior.
Durante a jornada, a Cepal apresentou o quadro de crescimento econômico da América Latina e o Caribe em 2015, no qual a Ilha maior das Antilhas aparece com um índice de 4,0% e uma projeção para 2016 de 4,2%. (PL).