
GENEBRA.— A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 14 de janeiro o fim da epidemia de Ébola, iniciada há dois anos na África Ocidental, a qual matou mais de 11.300 pessoas.
“Hoje declaramos o fim do surto do Ébola na Libéria e, ao mesmo tempo, todas as cadeias de transmissão conhecidas na África Ocidental acabaram”, anunciou em Genebra o diretor de Manejo de Risco de Emergências e Resposta Humanitária da OMS, Richard Brennan.
Antes que Libéria, a OMS constatou o fim da epidemia mortal em Serra Leoa e a Guiné.
Considera-se que um país é livre do Ébola quando não se registram novos casos em 42 dias, noticiou a agência de notícias alemã DW.
Unicef destacou que quase 23 mil crianças ficaram órfãs nessas nações, pois perderam um ou ambos os pais.
Diante desta situação, a OMS e a ONU fizeram um apelo à comunidade internacional a unificar esforços no combate contra o vírus.
Durante uma reunião em setembro de 2014 em Genebra, Cuba foi o primeiro país a responder à emergência, com o anúncio do envio a Serra Leoa de 165 colaboradores em um primeiro grupo, número que aumentou posteriormente.
Inúmeros meios da imprensa e figuras internacionais, como o secretário geral da ONU e a diretora da OMS, destacara a contribuição de Cuba.
O jornal estadunidense The New York Times indicou que a atitude cubana devia “ser aplaudida e imitada”.
“Dos estrangeiros que trabalham na África ocidental, os médicos cubanos vão estar entre os mais expostos”, acrescentou.
A participação de Cuba nesta luta não é um fato isolado, faz parte da solidariedade oferecida em 55 anos de Revolução.