ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
O governo do presidente Salvador Sánchez Cerén está conseguindo reverter o ambiente de insegurança cidadã em El Salvador. Foto:WWW.ELSALVADOR.COM

SAN SALVADOR.— A população salvadorenha começa a perceber um ambiente mais seguro no país, a partir da aplicação de um conjunto de ações encaminhadas a enfrentar a violência, problema que tomou níveis alarmantes nos últimos meses.

As autoridades policiais asseguram que em abril no país centro-americano se produziram 352 homicídios, o qual representa uma diminuição de 42% em relação com o mês anterior, 47% menos respeito a fevereiro e 52% menos em comparação com janeiro.
   Para Lázaro Alveranga, quem mora em Ciudad Delgado, departamento de San Salvador, há mais tranquilidade nas ruas com a presença policial junto aos soldados que, juntamente limitam qualquer vandalismo.
Igualmente, Paty Solar defende que a escola que frequentam seus três filhos esteja bem resguardada por membros da segurança púbica.
E é que o governo pôs em prática inúmeras medidas, como parte de uma estratégia integral para enfrentar os índices de violência no país que deixavam, até há pouco mais de um mês uns 20 mortos diários.
O Conselho Nacional de Segurança Cidadã e Convivência reviu em 13 de maio os avanços das 27 medidas prioritárias do Plano El Salvador Seguro, definidas por sua Comissão de Seguimento e Articulação.
As 27 ações foram eleitas entre 133 propostas do Plano, elaborado pelo Conselho, no qual estão representados diversos setores do país.
Todas correspondem aos cinco eixos de trabalho: prevenção do delito, controle e perseguição penal, reabilitação e reinserção, atendimento e proteção a vítimas e fortalecimento institucional.
Na área de prevenção da violência sobressai como um dos avanços do plano a modalidade de Escolas Inclusivas de Tempo Pleno em centros escolares dos 10 municípios prioritários da primeira fase do plano, que prevê a estada dos alunos em dupla sessão, onde realizam atividades docentes, entre outras.
Sobre o eixo de Reabilitação e reinserção, será promovido o regime progressivo da pena para a fase de semiliberdade de três mil réus (mil mulheres e dois mil homens); além de promover outros dois mil à fase de confiança.
Em El Salvador, nos cárceres há excesso de população penal, há mais de duas décadas. Para pôr um exemplo La Esperança conhecido como Mariona, o maior cárcere do país, embora esteja desenhado para 800 réus atualmente cumprem sanções nela, 5.146.
Neste contexto de combate integral ao principal problema dos salvadorenhos, segundo sondagens, também se realizaram alianças com a empresa privada, Mistério do Trabalho, Ministério da Economia e de ONGs para a promoção da inserção trabalhista de ex-réus.
   Um tema sensível é o atendimento e proteção às vítimas, para o qual o governo habilitou infraestrutura em 17 hospitais nacionais de referência dos municípios priorizados para o atendimento em saúde de pessoas afetadas por violência.
   Acerca das disposições especiais transitórias e extraordinárias em locais e fazendas penitenciárias, com o fim de contribuir para a segurança, aprovadas pela Assembleia Legislativa, em 1 de abril passado e avalizadas nesse mesmo dia pelo presidente, Salvador Sánchez Cerén, já os resultados são notáveis.
   O fim das ditas medidas é adequar a infraestrutura, assegurar a eficácia do sistema e proteger a população, de maneira permanente, dos delitos que se geram a partir dos centros penais.
   Como parte dessas ações extraordinárias, quase 300 cabecilhas de estruturas criminais foram trasladados a um local especial e o governo declarou estado de emergência em sete cárceres onde estão presos membros de gangues.
Também foi criada a Força Especial de Reação com mais de mil efetivos provenientes das tropas especiais do exército e unidades especiais da Polícia Nacional Civil.
   O presidente Sánchez Cerén, desde sua assunção no cargo, manifestou seu compromisso com o povo salvadorenho para reduzir ao máximo a violência no Salvador, país que ocupou durante muitos anos os primeiros lugares em uma lista de nações violentas.
   Mas seu compromisso ainda inclui ações integrais, para que a solução seja sustentável, definitiva, apesar da negativa do principal partido opositor, a Aliança Republicana Nacionalista, de direita, que por um lado exige ações contra a insegurança e por outro nega os recursos financeiros para levar adiante estas iniciativas.