PANAMÁ.—“Somos a rota que une o continente e o mundo através do Istmo do Panamá”, expressou o presidente dessa nação, Juan Carlos Varela, a partir da eclusa de Agua Clara, na província de Colón, onde foi efetuada a inauguração oficial do canal ampliado.
O administrador da Autoridade do Canal do Panamá, Jorge Luis Quijano, afirmou que o objetivo da obra é converter essa nação centro-americana no centro logístico da região, que beneficie a todos os países, informou a PL.
Durante a cerimônia de abertura da importante obra, o presidente Varela cumprimentou o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, Miguel Díaz-Canel Bermúdez e agradeceu a presença de Cuba em tão importante data para a região.
A delegação cubana, integrada, ainda, pela vice-ministra das Relações Exteriores, Ana Teresita González Fraga e o embaixador da Ilha na nação panamenha, Antonio Miguel Pardo Sánchez, prestou uma homenagem ao cientista cubano Carlos J. Finlay, na Praça França, no Panamá Velho, onde uma placa honra a memória do ilustre cubano.
“O descobrimento da transmissão do germe da febre amarela por parte do doctor Carlos J. Finlay, em 1881, não só marca uma época na história científica do mundo, mas é de especial significação para o Panamá. Sem esta descoberta, que tornou possível o saneamento das zonas tropicais, a grande obra do Canal do Panamá, não teria podido ser feita sem ingentes sacrifícios de vidas. O povo e o governo do Panamá agradecidos do ilustre sábio cubano perpetuam sua recordação”, lê-se na placa nessa zona da capital panamense.
Na abertura da ampliação do Canal marcaram presença mais de dois mil convidados de 62 delegações internacionais, entre eles vários Chefes de Estado como Michelle Bachelet (Chile), Luis Guillermo Solís (Costa Rica), Danilo Medina (República Dominicana), Juan Orlando Hernández (Honduras) e Horacio Cartes (Paraguai). Pela Espanha, participou o rei emérito Juan Carlos I.
A ampliação foi estreada pelo navio chinês Cosco Shipping Panamá, que iniciou o tráfego inaugural do alargamento pela eclusa de Agua Clara, na parte do Atlântico; até Cocolí, no Pacífico.
O navio, um neopanamax de 48,25 metros de largura e 299,98 metros de comprimento e capacidade para transportar até 9.400 contêineres, chegou no sábado sábado 25 de junho a esse país centro-americano vindo da Grécia e tem como destino final a Coreia do Sul, precisa a Telesur.
A ampliação permitirá a passagem de quatro navios diários nos primeiros meses até que o pessoal da Autoridade do Canal de Panamá esteja bem treinado nas novas manobras.
Dessa forma, Panamá pôs em andamento, finalmente, a abertura de uma megaobra de US$ 5,2 bilhões, com a qual procura dobrar a capacidade do centenário canal, na aposta mais ambiciosa empreendida pelo país centro-americano, com a que espera maior desenvolvimento econômico, apesar dos problemas no transporte marítimo mundial.
