
HOJE, Angola regozija-se com a chegada da maior comemoração de seu povo.
Os habitantes dessa nação africana festejam o histórico momento em que conseguiram quebrar as correntes do colonialismo português, quando seu primeiro presidente, Agostino Neto, proclamou a independência na Praça 1º de Maio, atual Praça da Independência, há 41 anos.
Depois daquela vitória o Estado e o povo têm encaminhado sua política para consolidar o desenvolvimento da nação e conseguir maior prosperidade para todos seus cidadãos.
Este é um dia que marca com orgulho a vida de cada habitante da Angola e do continente todo, pois representa a conquista da liberdade e o direito de traçar um destino próprio como nação soberana, depois de um período de quase 500 anos de colonização e 14 anos de luta armada para conseguir a independência nacional.
Com motivo desta comemoração, a embaixada desse país em Havana enviou, mediante um comunicado, uma saudação às Forças Armadas Revolucionárias (FARs) cubanas, as quais, animadas pelos ideais de liberdade e justiça, lutaram junto aos angolanos e impediram que a dignidade desse povo fosse destruída pelas forças estrangeiras.
«No contexto destas comemorações queremos enaltecer o processo de luta pelo desenvolvimento social, político e econômico da Angola e o significado histórico das relações de amizade e cooperação entre nossas nações, coincidindo também com o 41º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas com Cuba que são sólidas em todos os âmbitos», expressa o comunicado.
ANGOLA: 41 ANOS DE INDEPENDÊNCIA

Angola vive, hoje em dia, uma nova etapa em sua história. É importante salientar os sucessos atingidos pelo país no mais diversos setores, depois de finalizada a guerra contra o colonialismo, que ceifou milhares de vida, destruiu infraestruturas importantes e, consequentemente, atrasou seu desenvolvimento.
Com uma nova Constituição, em 2010, outorgou-se força legal aos direitos fundamentalmente e ampliou-se o marco dos direitos sociais e econômicos, bem como foram criados melhores mecanismos de defesa, dando maiores garantias aos cidadãos para defender seus interesses.
Se analisarmos os últimos 15 anos, nos quais Angola não só encerrou um conflito militar, mas também lançou um grande programa de integração e inserção da população excluída, hoje se poderia dizer que, de fato, houve avanços.
O governo lança programas encaminhados à redução da pobreza, que se concentram no atendimento da mulher e a juventude, os que constituem, em sentido geral, políticas que integram várias categorias sociais e profissionais.
Ao mesmo tempo, constroem-se e reabilitam-se importantes infraestruturas, oferece-se atenção especial aos programas de Educação e Saúde.
O número de crianças com acesso gratuito ao ensino se elevou e esse desafio esteve acompanhado da formação de professores e a construção, em todos os recantos do país, de escolas de todos os níveis.
Portanto, Angola hoje é um país em movimento, com uma juventude cada vez mais especializada e onde as mulheres e crianças contam com seus direitos protegidos e consolidados.
A diversificação da economia está em um processo de mudanças acelerado e vários analistas coincidem que em poucos anos, Angola poderia inserir-se como um país exportador de produtos agrícolas e industriais.
CUBA E ANGOLA: 41 ANOS DE AMIZADE
As relações entre Cuba e Angola são de longa data, bem seja do ponto de vista político, diplomático, econômico, militar ou social.
Hoje, ambas as nações possuem projetos bilaterais em andamento, diga-se programas de cooperação em setores como saúde, educação, ensino superior, eletricidade, construção civil, recursos hidráulicos e pesca.
Em matéria de ensino superior, a República da Angola tem nas diferentes universidades de Cuba, 2.386 estudantes, que cursam diferentes licenciaturas, sobressaindo 1.185 em Medicina Geral e 165 em Pedagogia.
Neste momento, sobre a base da cooperação existem 3.023 cubanos que colaboram em setores da saúde, nas 18 províncias do país africano.
Esta é uma relação profunda e diversificada.
Em matéria de relações diplomáticas e políticas existe coordenação em termos de candidaturas e debates em encontros e plataformas internacionais, como a luta internacional contra o terrorismo e as redes criminais, a lavagem de dinheiro, o tráfego de seres humanos e a erradicação das epidemias.
ANGOLA COM VISTA AO FUTURO
O povo e governo angolano mantêm um espírito de renovação e continuidade com objetivos específicos de consolidar a paz, fortalecer a democracia e preservar a unidade e coesão nacional, depois do conflito civil e armado que se estendeu entre 1975 e 2002.
Agora decorre uma nova etapa na história desse país, que promove o desenvolvimento da sociedade participativa, enquanto deverá assegurar a inclusão política de todos os cidadãos, sem discriminação.
Convirá à atual Angola achar uma forma sustentável de continuar edificando um Estado democrático e de direito, forte, moderno e regulador da vida econômica e social, à vez que promova o desenvolvimento e diversificação da economia nacional, reduzindo as desigualdades.
É imperativa a criação de empregos remunerados e produtivos, elevando a qualificação dos operários e sua produtividade.
Angola hoje une esforços para garantir o desenvolvimento harmônico de um território vasto, enquanto promove o fortalecimento de seu desempenho no contexto regional e internacional.
Estas são as máximas e deveres deste povo, que tem sido artífice de sua história, que conta com a força e a consciência patriótica para fazer de Angola uma nação cada vez maior, não fisicamente, mais bem em valor e coragem, com vista ao futuro que se mostra promissor.