
MANÁGUA.— Representantes de vários partidos e grupos da esquerda latino-americanos debatem na Nicarágua uma proposta oficial para fortalecer a unidade dos movimentos progressistas da região.
Segundo fontes próximas ao evento, informa Prensa Latina, os participantes revisarão até o dia 9 de janeiro, sua contribuição ao documento de Nossa América, que esperam apresentá-lo ao grupo de trabalho do Foro de São Paulo como uma plataforma programática para neutralizar os planos das oligarquias neoliberais na região.
Depois de um ano, no qual América Latina percebeu o ressurgimento do conservadorismo na Argentina, o Golpe de Estado parlamentar acontecido no Brasil e o acosso das mídias contra Venezuela, para os movimentos sociais resulta essencial ficar unidos em um cenário tão complexo, sublinham os promotores do texto.
Nesse encontro se prevê a participação de pelo menos 40 delegados dos partidos da esquerda de mais de dez países.
Fundado pelo Partido dos Trabalhadores do Brasil na cidade homônima, o foro de São Paulo surgiu, em 1990, para reunir os esforços dos partidos e movimentos da esquerda, após a crise ideológica desencadeada pela queda do bloco socialista europeu e os avanços do neoliberalismo nos países da América Latina e o Caribe.
Aproveitando que a toma de posse do presidente reeleito, Comandante Daniel Ortega, reunirá o dia 3 de janeiro, em Manágua, a líderes, representantes dos partidos políticos e movimentos sociais, a reunião do grupo de trabalho do Foro será realizada os dias 11 e 12 de janeiro.
Nos comícios gerais, em 6 de novembro de 2016, a fórmula presidencial da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), conformada por Daniel Ortega e Rosario Murillo, conseguiu um triunfo esmagador, ao obter 72,5% dos votos válidos emitidos.





