
LA PAZ.— O presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou em 30 de janeiro as atitudes racistas e fascistas no mundo, ao aludir o muro que o presidente estadunidense, Donald Trump, quer construir na fronteira com o México, informou a PL.
«Ao norte fazem muros para latinos, não freiam intervenções nem bases militares no mundo. Que injusta a vida pelo racismo e fascismo!», escreveu em sua conta na rede social Twitter.
Na passada semana, Trump assinou duas ordens executivas em termos de imigração: uma sobre a segurança da fronteira, que inclui uma ordem para destinar fundos à edificação do muro e outra para acabar com as chamadas «cidades santuário».
Com a última medida, o chefe de Estado norte-americano negará fundos federais às cidades, onde alguns funcionários se neguem a entregar imigrantes ilegais para depois ser deportados.
Perante esse anúncio, o presidente Morales convocou ao povo mexicano a olhar para o sul para consolidar a unidade latino-americana, isto baseado em suas identidades culturais.
RECHAÇAM ORDEM DE TRUMP CONTRA REFUGIADOS
Procuradores gerais de 15 estados e Washington D.C. criticaram em 30 de janeiro de maneira conjunta a ordem executiva do presidente Donald Trump que proíbe a entrada aos Estados Unidos de refugiados durante quatro meses.
Rechaçada dentro e fora de território norte-americano, a disposição do governante republicano também impede conceder vistos durante 90 dias a cidadãos da Síria, Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.
Segundo os procuradores de Nova York, Califórnia, Pensilvânia, Washington, Massachusetts, Hawaii, Virgínia, Oregon, Connecticut, Vermont, Illinois, Novo México, Iowa, Maryland e Maine, a decisão de Trump é antiestadunidense e ilegal.

Trabalharemos juntos para assegurar que o governo federal obedeça a Constituição, respeite nossa história como país de imigrantes e não ataque ilegalmente ninguém por sua nacionalidade ou fé, apontaram em um comunicado.
Na opinião dele, a liberdade religiosa foi e será sempre, um princípio básico dos Estados Unidos que nenhum presidente possa mudar.
Também prometeram utilizar todas as ferramentas de seus escritórios para lutar contra esta ordem e preservar a segurança nacional e os valores fundamentais do país.
Por seu lado, Trump escreveu em 30 de janeiro em sua conta da rede social Twitter que somente 109 de 325 mil pessoas foram detidas e recluídas para interrogatórios nos aeroportos, desde a entrada em vigor da medida.
Acrescentou que grandes problemas foram causados por fa-lhas informáticas da linha aérea Delta, que provocaram a demora e a cancelação de uns 250 voos.
Não há nada agradável na busca de terroristas antes de que possam entrar a nosso país. Isso foi uma grande parte de minha campanha. Estudem no mundo, ressaltou, segundo a PL.
CANADÁ E EUROPA TAMBÉM RECHAÇAM MEDIDAS ANTIIMIGRANTES DOS EUA
O rechaço à decisão da Casa Branca se estende desde o interior do país até seus principais aliados em nível internacional. «Aqueles que fogem da perseguição, o terror e a guerra, os canadenses lhes darão as boas independentemente de sua fé. A diversidade é nossa fortaleza», assegurou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em sua conta oficial de Twitter.
A alta representante da União Europeia para a Política Exterior, Federica Mogherini, declarou que o bloco continuará comemorando a queda de muros e respaldando às pessoas que fogem da guerra, além de sua fé ou nacionalidade, segundo a AFP.
As autoridades iranianas, por seu lado, convocaram em 29 de janeiro ao embaixador da Suíça, representante dos interesses estadunidenses na República Islâmica, para entregar-lhe uma carta de protesto pelo veto de entrada nos Estados Unidos dos cidadãos iranianos.
Teerã também respondeu com a proibição de entrada aos cidadãos estadunidenses. Entretanto, a Comissão dos Assuntos Exteriores do Parlamento iraquiano denunciou a decisão da Casa Branca como «injusta» e pediu ao governo aplicar a reciprocidade. (Redação Internacional)





