
O secretário de estado dos EUA, Mike Pompeo, em 13 de agosto, pediu para os aliados de seu país «aumentarem a pressão sobre o regime iraniano até que pare seu comportamento desestabilizador».
Ao mesmo tempo, um comunicado foi publicado no site do Departamento de Estado, no qual de Washington, a comunidade internacional, é chamada a se unir contra «o apoio que o regime iraniano dá ao terror».
O ressurgimento atual das tensões entre Teerã e Washington remonta à decisão de um ano atrás do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear internacional com o Irã e o subsequente estabelecimento de duras sanções econômicas com foco no setor de petróleo do país do Oriente Médio.
O ambiente na área não pode ser mais quente: raptos de navios petroleiros, ameaças de ataques cirúrgicos, etc. Enquanto isso, Pompeo, desperdiçando sua imaginação, acusa a nação persa de quanto pode pensar e pede mais pressão, para que a fome e as necessidades levem o povo ao desespero e, no final, «os iranianos terão que decidir o que fazer com seus líderes».
O secretário de Estado usa o antigo esquema do império para, através da guerra econômica e da constante ameaça de agressão, criar sentimentos de insegurança, pavor e ansiedade, e levar as pessoas ao limite da resistência a causar choque e caos e facilitar a queda do governo ao qual os EUA considera seu inimigo.
Nada mais inoportuno do que a posição de Pompeo nesse cenário, onde a possibilidade de um conflito cresce durante dias. Espero que fale a sanidade e não as bombas.





