ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
No final do dia de trabalho, os delegados aderiram à massiva marcha antiimperialista em Caracas em apoio à Revolução Bolivariana e seu presidente constitucional, Nicolás Maduro Moros. Foto: Prensa Presidencial Venezuela

CARACAS.— Como sinal tangível de que, em sua estóica resistência, a Revolução Bolivariana não está sozinha e que seu exemplo é uma fonte de inspiração para os povos do mundo, as sessões do Encontro Mundial contra o imperialismo continuaram, em 23 de janeiro, por toda a vida, a soberania e a paz, um cenário de estratégias combinadas para combater a ânsia hegemônica do neoliberalismo.

Durante a manhã, delegados nacionais e estrangeiros, de mais de 50 países, organizados em oito mesas-redondas setoriais, discutiram as lutas pelas reivindicações dos direitos de seus povos violados pelo capitalismo e pelas oligarquias nacionais e houve consenso de que a unidade é imperativa para alcançar a vitória.

Os representantes da Palestina agradeceram o acompanhamento na luta que têm contra a ocupação sionista de seu território e solicitaram o apoio da classe trabalhadora mundial para convocar sindicatos internacionais e partidos políticos a fazer um boicote ao governo de Israel, para este cumprir os padrões do Direito internacional, recomendações e resoluções de organizações internacionais como as Nações Unidas sobre o conflito israelense-palestino.

Também houve pedidos para reivindicar a história diante de sua deturpação, que serve aos propósitos da dominação simbólica do imperialismo. «O capitalismo não é o que a grande mídia diz», disse um delegado da Jordânia e convidou a retomar a definição feita por Vladimir Ilitch Lenin, sobre o 150º aniversário de seu nascimento, que o mundo celebrará em 22 de abril.

Outras questões discutidas apontam para a necessidade de reformular as ferramentas de luta contra o capital, porque «os partidos socialistas têm a obrigação de enfrentar o capitalismo e não gerenciá-lo, como em alguns países», disse um assistente belga e enfatizou o imperativo de lutar para construir a felicidade social, que só pode alcançar uma sociedade socialista democrática, inclusiva.

As intervenções revelaram os direitos negados ainda no mundo a mulheres, descendentes de africanos, trabalhadores e povos nativos, cuja cultura ancestral e suas manifestações são difamadas e consideradas contrárias aos bons costumes humanos.

A delegação cubana, em cada um dos grupos de trabalho, ratificou o apoio da Pátria de Martí e Fidel a todas as justas causas da humanidade que defendem a vida, a soberania e a paz, e mostrou em todos os setores a certeza de que um mundo melhor é possível.

Além disso, a Revolução Bolivariana expôs conquistas práticas em favor das pessoas mais vulneráveis ​​e, apesar da cruel guerra econômica imposta pelos Estados Unidos, hoje dedica 76% de sua renda ao investimento social. Os alunos falaram sobre educação inclusiva, gratuita e de qualidade e a regionalização e municipalização da universidade como exemplos que mostram pontos fortes.

Como ponto culminante da jornada de trabalho, os delegados aderiram à massiva marcha antiimperialista em Caracas, em apoio à Revolução Bolivariana e ao seu presidente constitucional, Nicolás Maduro Moros, que da Varanda do Povo do Palácio de Miraflores, aonde chegaram os participantes enfatizaram: «Mostramos ao imperialismo dos EUA e ao mundo imperialista da Europa uma lição de que existe um povo unido aqui disposto a ser livre, disposto a fazer pátria».