Em 26 de junho de 1945, representantes de vários Estados subscreveram, em São Francisco, a Carta das Nações Unidas, quando o planeta sofria ainda as terríveis sequelas da Segunda Guerra Mundial. Os assinantes, mediante esse ato, estabeleceram uma organização internacional sob o nome das Nações Unidas (ONU), com os nobres propósitos de manter a paz e a segurança no planeta, fomentar entre os países relações de amizade e realizar a cooperação internacional na solução de problemas mundiais.
Setenta e cinco anos depois deste histórico acontecimento, o mundo tem pela frente urgentes e perigosos desafios como a fome, a desigualdade, a poluição, as mudanças climáticas, o acesso à água potável, os conflitos bélicos, entre outros, que exigem respostas mais efetivas da ONU na preservação do mundo de hoje e de amanhã, como uma organização moderna, dinâmica e verdadeiramente multilateral.
Tais problemas da humanidade aumentaram, recentemente, a níveis alarmantes.
«Enfrentamos múltiplas crises como consequência da pandemia da Covid-19, cujos efeitos demolidores, visíveis em todas as esferas da sociedade, mostram que podem ser perduráveis e se acrescentam aos desafios globais pendentes», expressou Miguel Díaz-Canel Bermúdez, presidente da República de Cuba, em uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, António Gutérres, com motivo desta efeméride.
«O cenário internacional é cada vez mais complexo. Proliferam os conflitos e a corrida armamentista. Intensificam-se as guerras não convencionais com fins de dominação, os atos de agressão, as medidas coercitivas unilaterais, a manipulação e politização dos direitos humanos e o desrespeito à livre determinação dos povos. É atacado o multilateralismo, desconhecem-se acordos internacionais e se desqualifica o papel de organizações como a ONU e a Organização Mundial da Saúde», assinalou o chefe de Estado.
Frente a este panorama, destacou que a comunidade internacional deve «deixar de lado as diferenças políticas e buscar soluções comuns aos problemas globais, mediante a cooperação internacional». Assim a ONU cumprirá fielmente seus objetivos e responderá aos desafios atuais do planeta, sem egoísmos nem hegemonismos, em prol de uma ordem mundial justa, democrática e equitativa.





