ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Esta é a terceira ocasião em que Díaz-Canel visitou o país eurasiático como chefe de Estado; havia visitado esse país anteriormente em 2018 e 2019. Foto: Alejandro Azcuy

Moscou, Federação Russa.— Havana -— até agora e ainda tão perto desta amada terra — ainda estava sendo iluminada pelo sol da noite de sábado, quando o avião que transportava o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, aterrissou no aeroporto internacional de Moscou, Vnukovo 2, depois das 21h30.

Esta é a terceira vez que Díaz-Canel visita o país eurasiático em sua qualidade de chefe de Estado. Ele o havia feito anteriormente em 2018 e 2019.

Ao final de uma viagem de mais de 4.000 quilômetros, a República Democrática Popular da Argélia havia sido deixada para trás com suas lembranças de uma visita cativante.

Uma vez no país que está ligado por tantos fios ao coração da Ilha caribenha, o dignitário e a delegação que o acompanhou foram recebidos no átrio do aeroporto pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, Sergey Riabkov.

Avançaram no tapete vermelho, passando em frente à guarda de honra. Os hinos de ambas as nações foram tocados, e isso foi o início de uma visita oficial que para russos e cubanos representa um capítulo entre muitos em uma amizade que transcendeu todos os desafios da história.

A delegação oficial cubana, neste segundo ponto do percurso, é composta pelo membro do Bureau Político e ministro das Relações Exteriores da República de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla; os vice-primeiros ministros, Ricardo Cabrisas Ruiz e Alejandro Gil Fernández; bem como os ministros do Comércio Exterior e o Investimento, Rodrigo Malmierca Díaz; e o de Energia e Mineração, Vicente de la O Levy.

Antes da chegada do presidente em Moscou, a 19ª Comissão Intergovernamental havia se reunido no gigante eurasiático para discutir a colaboração econômico-social e científico-técnica entre Cuba e a Rússia. Os principais tópicos enfocaram a cooperação bilateral e projetos energéticos conjuntos.

A reunião, presidida pelo vice-primeiro ministro cubano Ricardo Cabrisas Ruiz e seu homólogo russo, Dmitry Chernyshenko, abordou, entre outras questões, a expansão do comércio, a cooperação econômica, de crédito, financeira e bancária, a implementação de projetos prioritários na indústria, ciência e digitalização, transporte, cultura e esporte.

A importância de fortalecer a cooperação no campo da saúde e promover a interação no campo das tecnologias da informação e comunicação também foi destacada.

A agenda de trabalho da delegação cubana na Federação Russa inclui, entre outras atividades, uma reunião oficial com o presidente Vladimir Putin; intercâmbios com a missão diplomática cubana neste país; bem como espaços para prestar homenagem à história de ambas as nações.

CUBA E A RÚSSIA, UMA RELAÇÃO QUE RESISTIU AO TESTE DO TEMPO

• Durante 120 anos, Cuba e Rússia tiveram uma relação que resistiu ao teste do tempo, carregada de muitos simbolismos, mas que consolidou suas maiores forças desde o triunfo da Revolução Cubana.

• Belas histórias fazem parte desta confluência, como aquela que nasceu anos antes do triunfo da Revolução de 1959, quando o jovem Nikolai Leonov e Raúl Castro Ruz se encontraram por acaso a bordo do navio Andrea Gritti. Este último estava voltando da Conferência Internacional sobre Direitos da Juventude realizada em Viena no verão de 1953.

• A figura do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz desempenhou um papel decisivo na defesa da proximidade e respeito entre as almas russas e cubanas.

• Excelentes relações políticas distinguem os laços entre as duas nações, que nos últimos anos têm sido apoiados por um intercâmbio fluido de delegações de alto nível, o que tem permitido seu constante fortalecimento e desenvolvimento.

• Os diálogos de intercâmbio permitiram a consolidação da parceria entre os dois países em áreas diferentes.

• É uma relação com múltiplos espaços comuns, nos quais ambas as partes concordam sobre a importância de avançar em projetos econômico-comerciais, principalmente nas áreas de energia, metalurgia, transporte e biotecnologia.

• Um exemplo do desejo de fortalecer e desenvolver estes laços é a existência da Comissão Intergovernamental de Colaboração Econômico-Comercial e Científico-Técnica, liderada pelo vice-primeiro ministro cubano Ricardo Cabrisas Ruiz e pelo vice-primeiro ministro russo Yuri Borisov.

• A história de cooperação e amizade que existe entre as duas nações foi perfeitamente definida em 2018 pelo presidente russo Vladimir Putin, que garantiu que «nossos povos estão tradicionalmente unidos por laços de amizade, afeto, respeito mútuo e apoio solidário».

• Literatura, ciência e desenvolvimento são ítens que também marcaram as relações entre os dois povos ao longo dos anos. Cooperação é hoje uma palavra-chave para consolidar estes laços, baseada no respeito mútuo e nos interesses comuns que nos distinguem.