ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Nos próximos meses, delegações técnicas e governamentais de Granada viajarão a Cuba para explorar ainda mais as áreas de colaboração. Photo: Estudios Revolución

SAINT GEORGE - «Esta visita foi muito esperada; o calor e a franqueza com que pudemos conversar confirmam que precisávamos desta oportunidade que tivemos hoje», disse o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, em declarações oferecidas à imprensa granadiana e cubana, após concluir as conversações oficiais com o primeiro-ministro Dickon Mitchell.

O chefe de Estado agradeceu ao povo de Granada e seu governo, em particular ao primeiro-ministro Mitchell, pela «calorosa acolhida que nos deram desde que chegamos a esta bela ilha», e transmitiu «uma saudação calorosa e afetuosa em nome do povo e do governo cubanos».

«Estas conversações oficiais são uma continuação da reunião realizada na terça-feira, 6, entre todos os países do Caribe e Cuba, na 8ª Cúpula Caricom-Cuba». Segundo o presidente, no âmbito destas conversações, foram discutidas possibilidades de desenvolvimento, fortalecimento, expansão e continuidade das relações entre Granada e Cuba.

Como resultado das conversações oficiais, realizadas no complexo ministerial granadiano, o presidente Díaz-Canel disse que ambas as partes puderam confirmar «que há todo o potencial, toda a vontade política, todo o desejo e todo o compromisso de poder realizar um grupo de projetos em muitas áreas».

«Estamos convencidos de que a realização destes projetos marcará um marco na história das relações entre Granada e Cuba», disse.

Em suas observações, o presidente da República também expressou sua gratidão pelo apoio que Cuba recebeu na luta contra o injusto bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à Ilha maior das Antilhas, bem como a forte condenação feita pelo primeiro-ministro Mitchell na última sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas pela inclusão de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo.

O mais importante agora, enfatizou, «é que nossas equipes de trabalho, nossas equipes técnicas, nossos ministros, trabalhem juntos para ser capazes de canalizar, promover e implementar tudo o que propusemos».

«Obrigado, Granada, por sua amizade e por sua solidariedade com Cuba, Granada pode sempre contar com Cuba».

UMA RELAÇÃO DE PROFUNDA FRATERNIDADE

Também de gratidão e compromisso foram as declarações do primeiro-ministro Dickon Mitchell, que destacou os «profundos laços de fraternidade que existem entre Granada e Cuba, unidos por uma amizade que se mantém independentemente dos desafios que enfrentamos».

Referindo-se às conversações realizadas minutos antes com a delegação cubana, o primeiro-ministro granadino detalhou que «concentraram sua atenção em diferentes áreas de colaboração, incluindo saúde, infraestrutura, educação, agricultura, meio ambiente e mudança climática, bem como a necessidade de construir sociedades sustentáveis no futuro».

Ambos os lados expressaram sua «prontidão para continuar fortalecendo as relações amistosas no futuro».

Granada, disse, «reiterou seu firme apoio à eliminação do bloqueio norte-americano imposto a Cuba, bem como sua designação como um país que promove o terrorismo».

Lembrou que esta não é apenas uma posição de Granada, mas também de toda a Comunidade Caribenha, como foi endossado na 8ª Cúpula Caricom-Cuba em Barbados.

Explicou que, «nos próximos meses, delegações técnicas e governamentais de Granada viajarão a Cuba para explorar ainda mais as áreas de colaboração».