
A terceira rodada de negociações de paz entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e o governo colombiano começou em 2 de maio em Havana, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo e a participação da sociedade.
A reunião contou com a presença dos negociadores-chefes de ambos os lados, Otty Patiño, do governo colombiano, e o comandante Pablo Beltrán, do ELN, respectivamente. O membro do Bureau Político do Partido Comunista de Cuba e ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, atuou como anfitrião e representante de um dos países garantidores nesse processo.
O fato de que Cuba, ao participar deste processo, só se move por seu compromisso inabalável com a defesa da paz, foi reafirmado no discurso do chanceler antilhano, que, ao abrir as conversações, assegurou que «Cuba atuou de forma discreta, imparcial e responsável, no interesse de encontrar uma solução política para o conflito armado na Colômbia».E destacou «a vontade de nosso país de contribuir para o êxito desta rodada de diálogos».
Incentivou as partes a «aproveitar a magia, a mística e a esperança que Cuba e nosso povo, que tanto ama a Colômbia, sempre oferecem», e enfatizou que o povo colombiano merece a paz e pode alcançá-la.
"«O progresso obtido nos diálogos de paz durante os ciclos anteriores na Venezuela e no México estabelece as bases para alcançar degraus mais altos no processo», disse.
O representante do ELN, Comandante Pablo Beltrán, pediu «a construção de um Grande Acordo Nacional que garanta a paz definitiva, realize as transformações socioeconômicas necessárias e construa uma democracia participativa e, dessa forma, escape dessa espiral de violência à qual os inimigos da mudança e dos diálogos de paz querem nos condenar».
Pelo governo colombiano, a senadora María José Pizarro Rodríguez, além de cumprimentar os representantes dos países garantidores (Noruega, Cuba, Venezuela, Chile, México e Brasil), afirmou que não se trata de «humanizar a guerra, mas de gerar dinâmicas humanitárias que tornem a violência cada vez mais repugnante».E disse que «a mesa de diálogo deve sair de Cuba para que a Colômbia construa, com o povo de nossa terra, a paz possível com a qual sonhamos há décadas».

