Moscou, Federação Russa.-Uma reunião com os que estão em casa. Essa foi a primeira atividade do membro do Bureau Político e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, na segunda-feira, 12 de junho, na capital Moscou. Ele recebeu os diplomatas e funcionários da embaixada de Cuba, bem como os representantes das entidades oficiais do Estado que estão nessa nação.
Acompanhado por Ricardo Cabrisas Ruiz, vice-primeiro-ministro e ministro do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, juntamente com outros membros da delegação, o chefe do Governo deu uma explicação abrangente sobre o contexto econômico, político e social em Cuba, bem como a certeza de que 2023 tem que ser um ano melhor.
«Como vocês sabem, temos muitos problemas, mas estamos no centro deles, conscientes de que é possível buscar soluções e alternativas, com a confiança de que podemos continuar nos desenvolvendo e buscando variantes que estimulem mais ganhos em divisas para impulsionar a economia. Nosso trabalho diário está focado em avançar e nos desenvolver», afirmou.
Além disso, Marrero Cruz refletiu sobre os desafios enfrentados por nosso povo em meio a um cenário complexo e com a intensificação do bloqueio dos EUA, «que nos causou muitos danos, bem como a inclusão de nosso país na lista de países patrocinadores do terrorismo. Esse foi um golpe muito duro do ponto de vista econômico e financeiro».
Para um grupo comprometido, que trabalhou arduamente para fortalecer os laços entre as duas nações, disse que não estamos parados. E falou da Estratégia Econômica e Social para impulsionar a economia e enfrentar a crise global provocada pela Covid-19, que constitui um apoio essencial para o Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social até 2030, e «que nos permite avançar para um estado desejado no país».
Por mais de uma hora, o chefe do Governo falou sobre várias questões que fazem parte da vida cotidiana do país. Discutiram acerca do papel do investimento estrangeiro dentro dessa estratégia, o importante papel desempenhado pelo município na «satisfação das necessidades da população, as medidas para sacudir a empresa estatal socialista, os novos atores econômicos e a promoção de um sistema de gestão governamental na rua, onde se encontram as maiores dificuldades».
Marrero Cruz fez alusão à nova Constituição da República e ao amplo programa legislativo que resultou dela, como parte do qual 35 leis foram aprovadas no ano passado, e outro número importante será aprovado este ano, o que fortalece a institucionalidade do país e permite o cumprimento dos direitos, deveres e garantias das pessoas. «A implementação de todas as normas legais aprovadas continua sendo muito intensa», disse.
Em outro momento de seu discurso, referiu-se aos intensos dias que já passou na Rússia para continuar fortalecendo os laços com um povo irmão e, sobretudo, à importante agenda cumprida na cidade de Sochi com a União Econômica Eurasiática, «para levar as relações econômicas, comerciais e financeiras ao alto nível dos laços políticos».
Aos que trabalham representando Cuba no país eurasiático, falou da clareza e do papel que os jovens devem desempenhar na situação atual, e sempre como uma continuação da Revolução. «Devemos dar-lhes oportunidades, responsabilidades, decisões e oferecer-lhes possibilidades de formação contínua».
Marrero também aludiu ao fato de que, em meio às circunstâncias adversas em que vivemos, há muitas coisas que podem ser feitas com a participação de todos.
«Temos que continuar defendendo os princípios que sustentam nossa revolução socialista, com a clareza de que não vamos mudar a essência das questões sociais e humanitárias, de colocar homens e mulheres no centro».
«”Mudança, sim”, disse Fidel em 1º de maio de 2000. Não há medo disso, mas sem perder a soberania ou os princípios, defendendo nossa história, nossa cultura, seguindo em frente com um passo firme, com a certeza de que vamos sair dessa situação», disse Marrero Cruz, ao se despedir de seus compatriotas, muitos dos quais chegaram acompanhados de seus filhos.