ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Ao condenar o bloqueio a Cuba, Putin disse que a Rússia fará «todo o possível para garantir que nosso compromisso econômico contribua para superar essas dificuldades impostas externamente». Foto: Estudios Revolución

Moscou, Federação Russa.- Uma reunião muito familiar e proveitosa foi realizada na quarta-feira, 14 de junho, entre o membro do Bureau Político e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, e o presidente russo Vladimir Putin, na qual foi ratificada a vontade de fortalecer as relações de «longo prazo» entre duas nações com um «caráter especial de aliados».

Durante o intercâmbio com o chefe de governo cubano no Kremlin, o presidente assegurou que os laços «estão se desenvolvendo, apesar de todas as dificuldades», e acrescentou que o país euro-asiático «sempre teve uma atitude especial em relação à Ilha da Liberdade, e continua tendo-a».

Vladimir Putin Photo: Estudios Revolución

Vladimir Putin enviou suas saudações ao general-de-exército Raúl Castro Ruz e seus melhores votos ao primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Em seguida, referiu-se à intensa agenda do primeiro-ministro na capital Moscou e na cidade de Sochi, e destacou o progresso do trabalho realizado pela Comissão Intergovernamental Cuba-Rússia.

Putin também descreveu a interação bilateral como interessante e disse que ela deve ser desenvolvida em todas as áreas. Nesse sentido, mencionou o turismo, a energia e outros setores prioritários.

Putin fez alusão ao bloqueio que Cuba vem sofrendo há mais de 60 anos, mas ressaltou que o povo cubano é capaz de enfrentar essa adversidade. De nossa parte, disse, «faremos todo o possível para garantir que nosso compromisso econômico contribua para superar essas dificuldades impostas externamente».

«Sou portador de uma calorosa saudação do general-de-exército e de uma carta do presidente Díaz-Canel», disse o primeiro-ministro ao líder russo, agradecendo-lhe pela hospitalidade recebida em sua primeira visita oficial a essa nação eslava, na qualidade de chefe do Governo.

Manuel Marrero Cruz Photo: Estudios Revolución

Marrero Cruz falou sobre a participação da delegação cubana, em pessoa, nas atividades realizadas na semana passada na cidade de Sochi, e destacou o potencial de expansão do comércio bilateral entre os países da União Econômica Eurasiática (UEA).

«Se Fidel estivesse aqui, diria a todos: permaneçam unidos, porque há força na unidade», disse, referindo-se aos esforços da Rússia para consolidar a unidade regional nesses tempos difíceis que estamos vivendo.

Disse que Cuba mantém uma posição firme contra as sanções unilaterais do Ocidente, bem como contra suas tentativas de isolar a Rússia das organizações internacionais e tentar implementar uma espécie de russofobia; no entanto, «o Ocidente não foi capaz de quebrar a Rússia».

De acordo com Marrero Cruz, essa visita é uma continuação dos acordos assinados entre os líderes dos dois países, a partir dos quais «foi desencadeado um forte processo de intercâmbio, e já estamos entrando na fase de materialização de projetos concretos mutuamente benéficos».

«Estamos satisfeitos com o progresso das negociações e da cooperação, com o objetivo de colocar as relações econômicas e comerciais no mesmo nível das relações políticas».

Essa reunião encerrou o programa de atividades em Moscou, como parte da visita oficial do primeiro-ministro, que começou em 6 de junho e continua na quinta-feira, 15, com a participação no 26o Forum Econômico Internacional de São Petersburgo.

Reunião entre Vladimir Putin e Manuel Marrero Cruz Photo: Estudios Revolución