ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Cuba está disposta a compartilhar sua modesta experiência nos campos da ciência, inovação e meio ambiente. Foto: Dunia Álvarez Palacios

«Ministros, ministras e altas autoridades do G77 + China confirmaram em Cuba a disposição de promover a cooperação internacional em ciência, tecnologia e inovação, em um esforço comum para proteger o meio ambiente e fazer uso sustentável dos recursos naturais», disse no Twitter o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez.

Ao avaliar a reunião das altas autoridades ambientais do Grupo dos 77 + China, realizada em 4 de julho, no hotel Nacional de Cuba, que ocorreu no contexto da Convenção do Meio Ambiente que será realizada até o dia 7, o chefe de Estado disse que foi um diálogo crítico e construtivo sobre as questões ambientais mais urgentes de nosso tempo.

Díaz-Canel acrescentou que «foi chamada a atenção para a falta de financiamento adequado para a transferência de tecnologia e capacitação por parte dos países desenvolvidos».

Enquanto isso, o membro do Bureau Políticodo Partido e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, que presidiu a reunião, advertiu que «a maioria dos países desenvolvidos não tem tido a compreensão e o apoio relativamente aos países do Sul nesse grande desafio que enfrentamos, e somos justamente nós, os países do Sul, os mais vulneráveis».

Explicou sobre o Plano de Estado para enfrentar a mudança climática, conhecido como Tarefa Vida, elaborado por cientistas com previsões sobre fenômenos atmosféricos no futuro próximo e até 2050, que permite tomar decisões sem esperar pela ajuda de nações mais desenvolvidas e defender a soberania do país.

«O mundo desenvolvido pode ter os recursos financeiros para adquirir as mais altas tecnologias, que nem sempre estão ao nosso alcance, mas o maior investimento que pode ser feito é no ensino, na educação, no treinamento do potencial científico de um país», disse Marrero Cruz.

Afirmou que Cuba, que ocupa a presidência pro tempore do G77 + China, está disposta a compartilhar sua modesta experiência nos campos da ciência, inovação e meio ambiente. «Nós, pobres, temos que buscar autonomia para desenvolver nossas próprias tecnologias, para encontrar soluções para nossos próprios problemas e, para isso, a união entre todos nós é o que nos tornará muito mais fortes», disse.

Liderando as discussões na primeira parte da reunião, a vice-primeira-ministra cubana Inés María Chapman refletiu que a unidade na luta pela vida no planeta é a chave para o sucesso nessa batalha. Reafirmou a convicção «para a conquista de um mundo saudável e sustentável. Juntos podemos conseguir isso. Cuba atua e trabalha com esse propósito».