
Luanda, Angola.— O primeiro-secretário do Comité Central do Partido Comunista e presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, chegou à capital angolana por volta das 14h00 de domingo, 20 de agosto (hora local), para realizar uma visita oficial que se prolonga até 22 de agosto.
Tal como o chefe de Estado tinha anunciado no Twitter, pouco antes da sua partida de Cuba, no sábado 19, à noite, chegou à «nossa querida África, para realizar visitas oficiais a Angola, Moçambique e Namíbia, e para participar na Cúpula do Brics que se realizará na África do Sul. Nações irmãs com as quais estamos unidos por uma história marcada pela solidariedade a todo o custo».
Em relação à participação de Cuba na Cúpula do Brics, o presidente afirmou na rede social que é a primeira vez que tal acontece e «estamos fazendo-o também em nossa qualidade de presidente do Grupo dos 77 mais a China. Será um espaço em que defenderemos o reforço da coordenação efetiva entre ambos os mecanismos de coordenação para defender as reivindicações do Sul global», disse Díaz-Canel.
Depois de percorrer os mais de 11 mil quilómetros que separam Havana de Luanda, após descer do avião no aeroporto internacional 4 de fevereiro, juntamente com a sua acompanhante Lis Cuesta Peraza, o presidente foi recebido ao pé da escadaria pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António; pela nossa embaixadora neste país, Esther Armenteros, e por outras autoridades locais.
A delegação da Ilha maior das Antilhas é igualmente composta pelo membro do Bureau Político e ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla; pelo ministro da Saúde Pública, José Angel Portal Miranda; pelo chefe do Departamento das Relações Internacionais do Comité Central do Partido, Emilio Lozada García; pela primeira vice-ministra do Comércio Externo e do Investimento, Ana Teresita González Fraga; bem como por outros funcionários do Partido e do Governo.
De acordo com o programa de trabalho previsto para estes dias em Luanda, o presidente cubano manterá conversações com as mais altas autoridades do país e visitará locais de grande interesse político e social. Também manterá intercâmbios com trabalhadores humanitários que prestam serviços nesta nação, bem como com representantes da comunidade cubana residente no país e membros do movimento de solidariedade.
Esta é a primeira visita de Díaz-Canel a Angola como presidente cubano, tendo anteriormente, na mesma qualidade, visitado Angola o Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz e o general-de-exército Raúl Castro Ruz.
Os laços entre os dois países — que estabeleceram relações diplomáticas em 15 de novembro de 1975 — têm sido marcados pelo legado de amizade dos líderes Fidel e Agostinho Neto. Decisiva foi a participação de Cuba na derrota das tropas do apartheid que invadiram Angola, uma ação que marcou para sempre os laços de fraternidade e solidariedade entre os dois povos.