
DONG HA, Quang Tri, Vietnã.— O membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Esteban Lazo Hernández, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular e do Conselho de Estado, discursou na cerimônia central em comemoração ao 50º aniversário da primeira visita de Fidel ao Vietnã, realizada na cidade de Dong Ha, província de Quang Tri, território visitado pelo Comandante-em-chefe em 1973.
Na presença de Truong Thi Mai, membro do Bureau Político e membro permanente do secretariado do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã e chefe de sua Comissão de Organização; Tran Thanh Man, vice-presidente permanente da Assembleia Nacional do Vietnã; autoridades da província e representantes das novas gerações; o chefe do Parlamento cubano expressou sua mais profunda gratidão ao Partido, ao Governo e ao povo vietnamita pela organização bem-sucedida desses dias memoráveis, bem como por sua solidariedade permanente com nosso país nos momentos mais difíceis.
«Estamos profundamente emocionados ao visitar esses lugares onde Fidel chegou acompanhado do inesquecível camarada Pham Van Dong, nesse cenário de tantas batalhas, apesar dos esforços dos líderes vietnamitas, que estavam determinados a persuadi-lo, devido aos riscos que corria. Fidel teve a alegria de abraçar os heróicos combatentes que lutaram com sangue e fogo, certos da vitória, e aqui lhes reiterou o mais forte apoio, admiração e afeto do povo cubano.

«Quando se evocam as exemplares relações fraternas entre Cuba e Vietnã, uma imagem as imortaliza: Fidel agitando alegremente a bandeira da Frente Nacional para a Libertação do Vietnã do Sul na Colina 241, a poucos quilômetros do inimigo. Também esas relações são definidas por uma frase: «Pelo Vietnã, estamos prontos para dar até o nosso próprio sangue. Verdadeiros símbolos dos laços estreitos que nos unem», disse Lazo em seu discurso no centro cultural Quang Tri, diante de veteranos da heróica luta pela independência e reunificação nacional da nação irmã asiática, bem como de diferentes gerações de vietnamitas.
Relembrou passagens da visita do Comandante-em-chefe a diferentes territórios do país indochinês há cinco décadas, destacou a façanha da vitória conquistada pelo povo de Ho Chi Minh contra os imperialistas e o apoio decisivo da Ilha maior das Antilhas durante a guerra e na reconstrução do Vietnã.

«A atmosfera de fraternidade criada desde o início de nossos laços determinou o caráter indestrutível de nossa amizade. Em nossas relações bilaterais, o legado de Fidel e Ho Chi Minh prevalece porque, tal como disse o Tio Ho, a mesma identificação moral emana de nossos povos, apesar de Cuba e Vietnã serem geograficamente antípodas», destacou Lazo Hernández.
Nesse sentido, acrescentou que os laços bilaterais entre os dois países podem ser descritos como exemplares, um verdadeiro símbolo de uma era, tal como disse Fidel.
«O intercâmbio regular e a cooperação permanente entre ambos os partidos comunistas, governos e povos, com base na confiança política, na franqueza e nos altos padrões, se destacam para aproveitar melhor as experiências de cada lado no difícil caminho da construção socialista. Preservaremos, para as gerações presentes e futuras, as tradições de solidariedade e fraternidade que nos unem», concluiu, em um discurso comovente que arrancou aplausos da plateia em diversas ocasiões.

Por sua vez, Truong Thi Mai, autoridades provinciais e representantes da juventude, ratificaram no ato os laços históricos e íntimos que unem os dois povos, bem como a vontade de continuar fortalecendo nossas relações fraternas.
No dia, que se transformou em uma verdadeira gala artística para a amizade cubano-vietnamita, foram prestadas homenagens às testemunhas da epopeia e foram reconhecidos os pioneiros vencedores de um concurso de solidariedade.
Horas antes, Esteban Lazo e a delegação cubana homenagearam o Comandante-em-chefe com uma coroa de flores na praça que leva seu nome em Dong Ha, a primeira cidade do mundo a ter uma praça com o nome de Fidel Castro, inaugurada em setembro de 2018. Lá, também plantaram uma árvore como testemunho dessa jornada histórica.
Também visitaram a exposição «Lealdade, amizade e solidariedade Vietnã-Cuba», composta por cinquenta fotografias documentais em preto e branco e coloridas, selecionadas dos arquivos fotográficos da Agência de Notícias do Vietnã (VNA) e da Prensa Latina (PL).

Como a história indica, 50 anos depois, a ameaça de chuva estava mais uma vez presente na estrada que liga a província de Quang Binh a Quang Tri. Mas, se há cinco décadas, nada pôde impedir o Comandante-em-chefe de chegar aos territórios libertados do Vietnã do Sul, hoje a forte chuva não impediu a delegação cubana, chefiada por Esteban Lazo, de chegar à região sul.
O presidente do Conselho de Estado e sua comitiva, acompanhados por Tran Thanh Man, vice-presidente permanente da Assembleia Nacional do Vietnã, e por autoridades de Quang Tri, chegaram à emblemática ponte sobre o rio Ben Hai, que marca o Paralelo 17, local que antigamente dividia o norte e o sul do país. Atravessando a ponte de norte a sul, como fez Fidel, Lazo Hernández afirmou que a foto da saudação ao vice-presidente do Parlamento vietnamita refletia, a partir desse lugar histórico, a eterna irmandade entre Cuba e Vietnã.
No livro de visitas, expressou a profunda emoção de visitar esse cenário de combates tão heróicos, onde há 50 anos o líder histórico da Revolução Cubana expressou a mais forte solidariedade do povo cubano.
«Em ambas as extremidades desta ponte, as bandeiras da República Democrática do Vietnã e da Frente Nacional para a Libertação do Vietnã do Sul tremulavam vitoriosas. Nada nem ninguém foi capaz de dividir o povo de Ho Chi Minh, de norte a sul. Estamos comovidos com as histórias que ouvimos, as imagens que vimos e a extraordinária contribuição que vocês deram à humanidade», enfatizou em sua mensagem.
Mais tarde, Lazo visitou a antiga sede do Governo Provisório do Vietnã do Sul. Assinando o livro de visitantes, disse: «É com profundo respeito, admiração e afeto que estamos visitando este lugar, agora um museu, que foi o centro da liderança da luta naquela época, onde o líder histórico da Revolução Cubana esteve há 50 anos. É uma história sóbria, comovente e bela que é contada aqui. Nossa homenagem a seus heróis e heroínas», diz o texto.
Uma convicção é clara nessa jornada histórica, ambos os povos são continuadores do legado de Fidel e Ho Chi Minh, certos de que Cuba e Vietnã, unidos, vencerão.






