ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Durante sua visita a Granada, em dezembro de 2022, o presidente cubano prestou homenagem às vítimas da invasão borte-americana a essa ilha caribenha. Photo: Estudios Revolución

Houve silêncio total por um minuto, e no telão, um após o outro, os rostos dos cubanos que caíram em combate frontal contra o exército mais poderoso do mundo. Morreram em Granada, em 25 de outubro de 1983, quando pegaram em armas para defender a Ilha como sua própria pátria.

Uma revolução estava se formando ali, e naquele dia os Estados Unidos decidiram apagá-la com um golpe de caneta, com uma invasão relâmpago que selaria a conspiração que havia assassinado, seis dias antes, o próprio presidente do país.

Aos mártires internacionalistas e a Maurice Bishop, o líder amigo, foi dedicada a homenagem na Casa da Associação Caribenha de Cuba, por ocasião do 40º aniversário da invasão de Granada. Um povo que compartilha até mesmo seu sangue nunca se esquece de seus heróis. A eles, flores e lembranças.

Gastón Rodríguez, primeiro-secretário da embaixada cubana naquela data fatídica – hoje presidente do grupo de amizade Cuba-Granada – relembrou as bases dessa revolução que triunfou em 13 de março de 1979 e que alcançou muito em pouco tempo, como disse Fidel Castro.

«A Revolução Granadina avançou apesar das ameaças do imperialismo, que, com sua propaganda desestabilizadora, acusou-a de criar uma base militar russa, com apoio cubano. Essa era a falácia; a verdade era que Cuba estava colaborando na construção de um aeroporto», disse.

«A invasão das tropas norte-americanas, então, sequestrou a realidade da ilha, mas não aniquilou o espírito revolucionário, que hoje floresce na aspiração de um Caribe mais unido. Nessa data, Granada homenageia o Dia dos Heróis e presta tributo ao líder Maurice Bishop», afirmou.

Durante a comemoração, o embaixador de Granada em Cuba, Glen Benedict Noel, exaltou a extraordinária bravura dos cubanos que tombaram em defesa de sua pátria. Enfatizou que a melhor maneira de lembrar deles é aprender as lições do evento.

Afirmou que a vida humana é sagrada e que nunca se deve permitir que a desunião fomente o ódio entre os filhos de um mesmo povo, porque um povo unido nunca pode ser derrotado.