ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
O vice-presidente da República de Cuba lembrou que essa visita ocorre no «contexto do 64º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países». Photo: Estudios Revolución

Accra, Gana.— «Quando se fala de Cuba, sempre acontecem coisas extraordinárias, e aqui hoje, tenho certeza, também acontecerão coisas extraordinárias». Talvez o nervosismo, o idioma ou a "pressão" que se podia sentir nele enquanto falava o tenham feito esquecer de se apresentar a todos, mas seu nome não era realmente necessário.

Ele é um dos muitos amigos solidários com Cuba que em 13 de novembro, à noite, se reuniram no jardim da residência do embaixador da Ilha maior das Antilhas nesta cidade, para conversar com o membro do Bureau Político e vice-presidente da República, Salvador Valdés Mesa, que assim iniciou sua agenda de trabalho em Gana, logo após sua chegada à nação irmã africana na tarde de segunda-feira, 13.

Estavam reunidas mais de 50 pessoas, entre elas, personalidades do governo ganense, diplomatas de países amigos, graduados na Ilha e uma representação de cubanos que residem aqui.

«É nosso propósito nesta visita dar um novo impulso às relações históricas e estáveis que mantivemos ao longo dos anos entre nossos povos e governos», assegurou Valdés Mesa aos presentes, em uma noite especial e transbordante de afeto, compromisso, solidariedade e gratidão, tanto de Cuba a Gana, como de Gana a Cuba.

Uma «profunda, solidária, fraterna e amistosa saudação do povo e do governo cubano ao povo e ao governo de Gana», disse o vice-presidente da República, que recordou que esta visita se realiza no «contexto do 64º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, ocorrido em 23 de dezembro de 1959».

«Viemos para agradecer a esse povo pelo apoio incondicional que nos deu durante todos esses anos na luta contra o injusto bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto ao nosso país pelo governo dos Estados Unidos», disse Valdés Mesa.

O vice-presidente cubano também falou sobre as muitas complexidades que essa política cruel dos EUA trouxe consigo. Complexidades que foram aumentadas durante os difíceis anos de enfrentamento da pandemia causada pela Covid-19, nos quais, disse, «Cuba soube crescer e nosso pessoal de saúde e cientistas realizaram feitos cativantes para proteger o povo cubano».

«Os Estados Unidos estão determinados a destruir a Revolução Cubana, mas nós resistimos e continuaremos resistindo; assim como derrotamos a Covid-19, também vamos derrotar o bloqueio».

Em suas palavras, expressou sua infinita gratidão aos presentes. «Vocês nos comprometem a garantir que nosso país continue sendo um exemplo e demonstrando que um mundo melhor é possível: saibam que nunca desistiremos».

«As relações entre Cuba e Gana ultrapassaram todos os estágios e continuaremos aprofundando-as», concluiu.

CUBA NO CORAÇÃO DE GANA

Em 13 de novembro, à noite, em Gana, falou-se muito sobre continuar tecendo sonhos, cooperando e consolidando alianças. Foi comovente ouvir amigos falarem sobre a história comum que nos une; sobre os sonhos de Fidel e Kwame Nkrumah; sobre o quanto Cuba – essa grande potência médica que salva, como foi dito em mais de uma ocasião – fez pela saúde do povo ganense... sobre o treinamento de milhares de profissionais nas salas de aula cubanas, que hoje contribuem para o desenvolvimento dessa nação africana.

«Em Cuba aprendi não apenas uma profissão, mas também disciplina», disse Samuel, que graças a seus estudos em Cuba conseguiu se desenvolver com sucesso no setor de turismo.

Felipe é outro «desses garotos» que, anos atrás, estudou na Ilha maior das Antilhas. Em sua voz, também, a infinita gratidão em nome de todos os profissionais que se formaram no país caribenho: «Nunca esqueceremos o que vocês fizeram por nós!».

Como prova dessa gratidão e «símbolo de nossa amizade duradoura», em nome de todos os ganenses que se formaram em nosso país, o vice-presidente da República recebeu como presente uma placa que expressa, asseguraram, «a gratidão pelos imensos sacrifícios e a solidariedade do povo e do governo de Cuba com Gana».

«O afeto e o compromisso que experimentamos hoje neste jardín», disse a embaixadora cubana em Gana, Anette Chao García, «é o fruto do que nossa Revolução fez por este país e seu povo».