ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Estudios Revolución

Kampala, Uganda.— Unidade, cooperação, complementaridade e solidariedade foram princípios essenciais que nortearam os trabalhos realizados durante dois dias intensos na 3ª Cúpula do Sul, cuja sessão de encerramento ocorreu na tarde de segunda-feira, 22 de janeiro (horário local), com a presença do membro do Bureau Político e vice-presidente da República de Cuba, Salvador Valdés Mesa.

Considerada por muitos dos participantes como um marco para o mundo e uma expressão do mais alto sentido de colaboração entre os países do Sul, a reunião foi marcada pela busca de ações destinadas a aprofundar a cooperação para o desenvolvimento de nossos povos. A cooperação Sul-Sul, conforme reconhecido por muitos participantes, incluindo mais de vinte chefes de Estado e de governo, mais do que provou o valor de seus intercâmbios.

Em seu discurso de encerramento do evento, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, na qualidade de presidente pro tempore do Grupo dos 77 mais a China, enfatizou a necessidade do desenvolvimento próspero de todos os povos, não apenas de alguns, e isso pode ser alcançado se todas as famílias participarem da geração de empregos e de bens e serviços, tanto como empregadores quanto como empregados.

Ciente de como é necessário desenvolver as economias do Sul para beneficiar as populações dos países, o presidente de Uganda destacou que é essencial alcançar a paz em nível global, pois, caso contrário, não será possível avançar rumo à prosperidade.

«Esse grupo tem muito mais potencial do que parece e, se trabalharmos juntos, podemos conseguir muito", reconheceu o presidente, depois de exemplificar o quanto já foi feito nesse sentido, em projetos de construção, investimentos, produção de alimentos e outros.

Foi impossível não falar de Cuba e de seu legado nestas terras. «Cuba e Fidel Castro nos ajudaram a construir uma escola de medicina que hoje é muito importante; e os médicos cubanos não só vieram tratar pacientes aqui, mas também treinar nossos profissionais», lembrou.

Essa Cúpula, que também foi marcada pelo respeito e por uma atmosfera construtiva entre todos os países, concentrou-se principalmente na situação da Palestina. A condenação de Israel, a solidariedade ao povo palestino e o pedido de um cessar-fogo imediato e incondicional foram amplamente expressos.

Outros aspectos recorrentes abordados foram o importante papel do Movimento dos Países Não-Alinhados na esfera internacional; a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável acordados na Agenda 2030; a luta contra a Mudança Climática; a reforma das Nações Unidas; e a rejeição de medidas coercitivas unilaterais, com ênfase especial na condenação do bloqueio contra Cuba.