ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Photo: Cubaminrex

Esteban Lazo Hernández, membro do Bureau Político do Partido e presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, viajou para a República do Quênia, como Enviado Especial de Alto Nível, para realizar negociações urgentes com as mais altas autoridades desse país, na busca de cooperação e esclarecimento, à luz das recentes notícias publicadas sobre a possível morte não confirmada dos médicos Assel Herrera Correa e Landy Rodríguez Hernández, sequestrados nesse país, em 12 de abril de 2019.

Um comunicado do ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex) afirma que, desde as primeiras horas do recebimento da notícia, o governo cubano deu prioridade absoluta aos esforços que, por vários meios e em nome de diferentes atores internacionais, foram realizados com o objetivo de obter as informações mais objetivas sobre os fatos, até que todas as possibilidades tenham sido esgotadas para confirmar a situação de nossos compatriotas.

Nesse contexto, desde o último domingo, além das negociações e da comunicação com o governo queniano, foram iniciados contatos oficiais com o governo somali, em busca de precisão sobre as operações militares relatadas, cita o texto do Minrex.

Acrescenta que, de acordo com vários meios de comunicação que citam o Comando Africano dos Estados Unidos (Africom), o incidente ocorreu na noite de 15 de fevereiro de 2024, durante um bombardeio de drones por parte do exército dos EUA na cidade de Dilib, na Somália, onde os reféns estavam sendo mantidos. Essa informação foi confirmada em 19 de fevereiro por uma porta-voz da Africom, de acordo com a CNN.

O Minrex entrou em contato com o governo dos EUA por meio de canais diplomáticos no domingo, 18 de fevereiro, buscando esclarecimentos, e ainda está aguardando uma resposta.

Até o momento, não houve nenhuma declaração pública do governo dos EUA ou de suas forças para confirmar as notícias sobre os colaboradores cubanos sequestrados ou para negar o que foi relatado. Não há conhecimento das circunstâncias e características da operação militar que a porta-voz da Africom confirma ter ocorrido, se foi justificada e se foi realizada com o cuidado obrigatório de evitar danos colaterais, proteger civis e inocentes e com o devido respeito ao direito humanitário internacional.

Essa é uma questão sobre a qual as organizações internacionais expressaram sérias preocupações no passado, observa o documento.