
Pela terceira vez, o Conselho de Segurança, cujas resoluções são obrigatórias, não conseguiu chegar a uma declaração conjunta pedindo um cessar-fogo em Gaza, devido a um veto dos EUA. Essa foi a única objeção na sessão de 20 de fevereiro do órgão da ONU.
A proposta, apresentada pela Argélia, recebeu 13 votos a favor e o Reino Unido se absteve. O texto também rejeita o deslocamento forçado da população civil palestina, em violação ao direito internacional, e pede o fim imediato dessas violações e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Também pede acesso humanitário irrestrito à Faixa de Gaza e a todo o seu território.
Foi irônico ouvir o argumento da oposição norte-americana, na voz de sua embaixadora, Linda Thomas-Greenfield, de que a aprovação da proposta argelina poderia prejudicar as negociações em andamento. Do que ela está falando? Dos milhares de vítimas, a maioria delas crianças, em uma região em ruínas? É assim que se negocia?
O cúmulo da aberração é que, segundo ela, isso não trará uma paz duradoura, mas prolongará o cativeiro dos reféns e a crise humanitária. A que paz ela está se referindo? Será que não sabe que a paz é construída, acima de tudo, com base no respeito ao direito à vida?
Ao ouvir a notícia, o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, disse que «os EUA são cúmplices desse genocídio de Israel contra a Palestina».
O representante da Rússia, Vassily Nebenzia, advertiu: «A representação norte-americana insiste que o Conselho não interfira em seus planos e dá a Israel uma licença para matar».





