ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Ilustração sobre o novo facismo. Extraído de Insurgente.org Photo: Internet

A Casa das Américas, uma instituição altamente reconhecida no continente por suas posições sobre a não-interferência política e a descolonização cultural, desferiu um golpe contundente contra a nova tentativa de Washington de unir as forças do novo fascismo.

«Mais ódio, racismo e mentiras em uma reunião de fascistas em Washington» é o título da declaração dessa instituição, que denuncia a mais recente ofensiva da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), que descreve como «uma vitrine para um acordo ostensivo das forças do novo fascismo».

A Casa das Américas denuncia que, entre os conhecidos representantes da extrema direita que desfilaram no pódio da Conferência, destaque para Santiago Abascal, líder do partido espanhol Vox, que voltou aos delírios da chamada «iberosfera», falou da ameaça do «socialismo» e atacou a Revolução Cubana com calúnias grosseiras.

A declaração acrescenta que outros «se proclamaram salvadores de um mundo em perigo, não por causa da crise climática ou do capitalismo selvagem, mas por causa da presença das tendências "dissolventes" implícitas para eles na própria ideia de justiça social, na luta contra as mudanças climáticas, no feminismo, na defesa do papel regulador do Estado, nos movimentos lgbtiq+, na invasão de "hordas" de migrantes e outros "inimigos"».

O discurso de Donald Trump foi risível, pois «não teve vergonha de apresentar os males que afligem os Estados Unidos hoje como os dos países do Terceiro Mundo e das “repúblicas bananeiras”, como se fosse possível dissociar as histórias de exploração e pilhagem de nosso continente, e de todo o Sul, do intervencionismo do Império», aponta a Casa das Américas.

«Devemos continuar trabalhando, por todos os meios ao nosso alcance, para promover o pensamento crítico contra a manipulação e em defesa do humanismo e da solidariedade», conclui a declaração.