ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Foto tomada de: Bloque Popular Juvenil 

Sempre é um bom dia para lembrar o Mouro, o fiel companheiro de Friedrich Engels, o descendente de judeus, o grande «desmancha-prazeres», tal com fosse definido pela cubana Paquita de Armas, porque «desmanchou a festa dos burgueses», porque foi ele quem mostrou aos operários um conceito inerente aos seus, o primeiro a dizer que «o motor da história é a luta de classes». A partir dos seus postulados o mundo mudou. Ele, tal como outros tantos, não viveu para ver isso. Suas ideias foram a base teórica das grandes revoluções do século XX.
 Karl Marx foi mais do que Filosofia ou Economia Política, foi mais do que pensamento, e também teve tempo para amar e escrever de paixões: «Se você ama sem fazer acordar o amor, isto é, se seu amor, quanto amor, não produz amor recíproco; se mediante uma exteriorização vital como homem amante você não se converte em homem amado, seu amor é impotente, uma desgraça». E acontece que Karl Marx não era um extraterrestre, era um ser humano, um homem que foi mais além de sua época, tanto assim que ainda não temos atingido o horizonte que ele nos legou.
 Tentar explicar, 206 anos após o seu nascimento, que Karl Marx e o marxismo continuam tendo atualidade, para muitos acaba se revelando complicado. Fazê-lo quando o socialismo é apresentado pelos poderosos como um modelo fracassado e o comunismo é qualificado de uma utopia, parece impossível. É de Quixotes, então, acreditar que o que falou aquele homem barbado, em meados do século 19, é a salvação do mundo dois séculos depois. Mas disso se trata quando se é comunista: de sermos realistas e sonharmos com o que poderia parecer impossível.