ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Foto: Alejandro Azcuy 

Moscou, Rússia.– O primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, teve, em 8 de maio, um encontro com Dimitri Medvedev, presidente do Partido Rússia Unida e vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

«Constatamos os avanços e resultados das relações entre nossos partidos e as potencialidades de trabalho que ainda temos», acrescentou Díaz-Canel, através da rede social X.

«Embora lá fora haja um frio brutal, este frio não interfere em nossas cálidas relações; mais uma vez lhe damos umas cordiais boas-vindas à Federação da Rússia», expressou Medvedev ao presidente cubano, ao recebê-lo, e o parabenizou pelo 64º aniversário do reatamento das relações diplomáticas entre a União Soviética e Cuba.

Medvedev pediu ao mandatário caribenho, «transmitir saudações e os melhores desejos ao general-de-exército Raúl Castro», do qual diria: «Passamos muito tempo juntos em diferentes locais; a firmeza com a que ele defende as posições de Cuba sempre tem sido para nós um símbolo muito sério de como lutar pela independência de um país».

COM UM AMIGO, COM UM IRMÃO

Por volta das 21 horas, o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba teve um novo encontro com Guennadi Ziuganov, secretário-geral do Partido Comunista da Federação da Rússia, a quem transmitiu uma saudação do líder da Revolução, general-de-exército Raúl Castro Ruz.

No contexto da reunião foram assinados documentos que consolidam os vínculos entre ambas as organizações, e Díaz-Canel agradeceu por um intercâmbio no qual ficou expressa a vontade de continuar fortalecendo as relações fraternais entre ambos os partidos.

Respondendo perguntas de profissionais da comunicação da Rússia, que estão elaborando um material audiovisual, por ocasião do 80º aniversário do líder comunista russo, Díaz-Canel sublinhou que «Ziuganov tem uma longa história de vínculos com a Revolução Cubana, como trabalhador, como representante da classe operária da antiga União Soviética, como comunista russo e também como líder do Partido Comunista da Federação da Rússia.

«Tem uma trajetória de visitas a Cuba, de participação em projetos concretos que tributaram muito, sobretudo ao desenvolvimento do ramo industrial em nosso país. «É uma pessoa que contou com a amizade do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz e do general-de-exército Raúl Castro Ruz (...).

É uma pessoa que compreende a Revolução Cubana, que tem um enorme compromisso com ela e, sobretudo, com o povo cubano, que é muito sensível em relação aos problemas de Cuba e que, constantemente, está promovendo ideias e ações para que Cuba possa sair das situações mais complexas com o apoio da Federação da Rússia».

Durante o dia também transcendeu a repercussão do artigo «Cuba e Rússia olham com otimismo rumo ao futuro das relações bilaterais», publicado no jornal Granma, e assinado em parceria pelos chanceleres de ambos os países, Serguei V. Lavrov e Bruno Rodríguez Parrilla, na véspera do 60º aniversário do reatamento das relações.

O texto lembrava que o intercâmbio entre nossos povos data do século 18, quando em 1782 chegou à capital cubana o médico russo Fiódor Karzhavin, quem após viver dois anos em Cuba, coincidiu com muitos dos princípios que posteriormente dariam impulso aos cubanos para lutar pela independência da metrópole espanhola. Após o triunfo de 1959, o Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz impulsou o reatamento das relações diplomáticas, que se concretizou em 8 de maio de 1960.