No relatório trimestral de avaliação de baixas civis emitido recentemente, o Comando Militar dos EUA na África (Africom) reconhece que as Forças Armadas desse país efetuaram um bombardeio perto da localidade de Jilib, Somália, em 15 de abril de 2019.
Contudo, o documento assevera que o ataque não provocou a morte de civis, e não se faz menção explícita aos médicos cubanos Assel Herrera e Landy Rodríguez.
O texto, que reconhece o emprego indiscriminado de meios de guerra contra a população civil, mas que não oferece nenhuma informação clara sobre os médicos da Ilha, mereceu a resposta do ministro das Relações Exteriores e membro do Bureau Político do Partido Comunista, Bruno Rodríguez Parrilla, na rede social X.
«Surpreende a informação divulgada pelo porta-voz dos EUA, que não contribui com nada de novo acerca de nossos compatriotas Assel e Landy. Desde o mês de abril esperamos, sem resposta, indagações que Cuba solicitou oficialmente a respeito dos ataques do Africom em outra localidade da Somália», escreveu o chanceler.
Em 12 de abril, Cuba acusou os Estados Unidos, de não responder «com a seriedade nem com a urgência requeridas» os pedidos de Havana para esclarecer a pretensa morte dos dois médicos sequestrados por Al Shabab, no Quênia.
Eludir a resposta sobre o ocorrido aos médicos que salvavam vidas no território africano e a falta de transparência na informação oferecida, só faz aumentar a responsabilidade pelos atos cometidos.