ÓRGÃO OFICIAL DO COMITÊ CENTRAL DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA
Foto: Europa Press 

«Julian Assange está livre. Deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh, na manhã de 24 de junho, depois de passar 1.901 dias lá. O Tribunal Superior de Londres lhe concedeu fiança e foi libertado no aeroporto de Stansted à tarde, onde embarcou em um avião e deixou o Reino Unido».

Foi assim que o site WikiLeaks anunciou, por meio da rede social X, a notícia da libertação sob fiança de seu fundador, que já deixou o país «depois de mais de cinco anos em uma cela de 2x3 metros, isolado 23 horas por dia», para se reunir com sua esposa Stella Assange e seus filhos.

Ao comentar a notícia, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel disse em X que «a longa e cruel punição imposta a Assange por suas denúncias de crimes imperiais permanecerá na memória do povo como prova de quão pouco seus carcereiros acreditam na liberdade de imprensa».

Como isso foi possível? O WikiLeaks diz que a ampla campanha global em favor de Assange «criou o espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, que resultou em um acordo que ainda não foi formalmente concluído».

A mídia norte-americana é mais específica ao apontar a existência de um acordo com os EUA, segundo o qual o jornalista teria se declarado culpado em troca de uma sentença de 62 meses de prisão; ou seja, o mesmo tempo passado na prisão de segurança máxima no Reino Unido desde que foi preso em 11 de abril de 2019, depois de ser levado por forças policiais da embaixada do Equador em Londres, onde estava em asilo desde 19 de junho de 2012.

De acordo com a AP, Assange deve comparecer ao tribunal federal nas Ilhas Marianas, uma comunidade dos EUA no Pacífico ocidental, para se declarar culpado de uma acusação de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais de defesa nacional, que deve ser aprovada por um juiz, encerrando o processo criminal e a acusação.