O governo dos Estados Unidos manteve arbitrariamente Cuba na pior categoria (Tier 3) em seu relatório anual do Departamento de Estado sobre tráfico de pessoas, divulgado em 24 de junho.
Apresentado pelo secretário de Estado, Antony Blinken, juntamente com Cindy Dyer, embaixadora especial para monitorar e combater o tráfico de pessoas, o relatório – tendencioso e unilateral – destaca o governo cubano por não cumprir plenamente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico.
De acordo com o documento, Cuba «não está fazendo esforços significativos para isso e, portanto, permaneceu no Nível 3».
Por meio desse tipo de exercício politicamente motivado, as autoridades de Washington assumem o direito ilegítimo de julgar os outros.
Para justificar a qualificação, o relatório, que se refere ao ano de 2023, usa argumentos contraditórios e nada críveis com os quais continua distorcendo e difamando o trabalho da colaboração médica cubana durante décadas, em mais de cem países.
Além disso, está tentando torpedear essa cooperação, incluindo iniciativas futuras que poderiam beneficiar os povos de ambas as nações no campo da saúde.
A «penalização» nesse nível poderia implicar em sanções para a Ilha, como o congelamento da ajuda não humanitária e não comercial, ou a recusa dos Estados Unidos de empréstimos de instituições multilaterais.
As autoridades cubanas têm reiterado ao longo dos anos que essa qualificação não tem relação com o desempenho real de Cuba no enfrentamento ativo do tráfico de pessoas.
