Cuba tem cumprido seus compromissos como país garante do processo de conversações para a paz na Colômbia. Essa foi a razão fundamental que destacaram 46 congressistas dos EUA, em uma carta enviada ao presidente Joe Biden.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba e membro do Bureau Político do Partido Comunista, Bruno Rodríguez Parrilla, ao comentar a missiva, indicou que no texto é reconhecida a arbitrariedade da inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo.
Os políticos externam a sua preocupação sobre os efeitos que pode ter sobre a disposição de outros países para servir como garantes do processo de paz colombiano, o fato de que a administração de Donald Trump designasse Cuba como Estado patrocinador do terrorismo por sua intermediação.
A acusação poderia dificultar a identificação dessas nações, pelo que instam Biden a reverter tal designação.
Em 2021, quando Trump voltou a incluir Cuba na lista, disse que uma das causas era a negativa de Cuba de extraditar dez membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) que haviam participado das negociações de paz com o Governo da Colômbia.
Em maio deste ano, a Mesa de Diálogos para a Paz entre o Governo da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional reiterou seu pedido de que Cuba fosse retirada plenamente da lista, na qual foi incluída pela primeira vez em 1982, e da qual fosse excluída em 2015.
