
Caracas.–«Agora, então, vêm os Estados Unidos dizendo que a Venezuela tem outro presidente. Os Estados Unidos devem retirar seu nariz da Venezuela, porque o povo soberano é quem manda na Venezuela, é quem coloca, quem determina...».
Assim respondeu o presidente constitucional, Nicolás Maduro, na noite da quinta-feira, 1 de agosto, às declarações do secretário do Estado dos EUA, Antony Blinken, nas quais expressa o reconhecimento oficial de seu governo a Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições presidenciais.
Com o comunicado, que assegurou que, «dada a esmagadora evidência», o opositor González «obteve a maioria dos votos», cai a máscara de uma Administração que aparentava cautela, mas da qual, se sabe, é tutora de todos os planes de desestabilização do continente.
«O processo na Venezuela, legalmente, constitucionalmente e institucionalmente ainda está por ser completado e os Estados Unidos dizem que têm as atas e as provas porque eles são o CNE…», denunciou Maduro em um comparecimento na televisão, do Palácio de Miraflores.
O chefe de Estado informou que a Sala Eleitoral do Supremo Tribunal da Justiça admitiu o Recurso Contencioso Eleitoral introduzido por ele.
Assim começou o processo de investigação e verificação dos resultados do processo eleitoral, para o qual em 2 de agosto foram citados os dez candidatos perante o máximo tribunal.





